Conversa mole. Deputados saíram de lá dizendo que não havia mais de 170 num cálculo otimista. Aliado de Temer, o vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG), não foi. “Iria para quê? Não votarei a favor da reforma”, disse ele a este blog.
Ramalho admite que a reforma é necessária, mas que não será “louco” de ajudar a aprová-la a menos de um ano das próximas eleições”. E garante: “Esse é o sentimento predominante na Câmara hoje. Ninguém, ali, concorda em se suicidar. O povo é contra”.
Para aprovar a reforma na Câmara, o governo precisará de um mínimo de 308 votos de um total de 513. “Se ele tiver 150, 180 votos, que comemore”, aconselha Ramalho. O relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), não discorda de Ramalho.
“Nada está garantido. Quem dará a palavra final é o plenário da Câmara. Não sou eu que vou garantir a aprovação”, ditou Maia depois do jantar. Se a reforma não for votada na Câmara até o próximo dia 15, Maia acha que ela ficará para o próximo governo.
Temer está fazendo o que lhe cabe fazer. Imagina que se a reforma não passar a culpa não será sua. Mas será dele também. Foi Temer que enfraqueceu Temer por tornar-se alvo de duas denúncias de corrupção.
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