O ânimo para “estancar a sangria” foi estimulado pelo aval do TSE ao abuso do poder econômico nas campanhas e, como sublinhou o ministro Herman Benjamim, “ao sistema partidário-eleitoral falido”.
Investigados e réus por corrupção planejam uma fuga em massa, distanciando-se dos tribunais e da cadeia e rumando, a jato (de empresas?), para a renovação de seus mandatos nas urnas, ano que vem. Dão a essa trama o nome de “garantia de estabilidade para a retomada do crescimento”. Crescimento de que mesmo?
A ação trevosa em curso é visível em várias iniciativas nefastas:
1) a recusa de Michel Temer em responder às 81 questões da Polícia Federal. O doutor solicitou mais tempo para NÃO dizer nada, carimbando um silêncio que “transforma homens em covardes” (Abraham Lincoln);
2) constrangimentos ao ministro Fachin, relator da Lava Jato, para o que já se suspeita mesmo do uso da ABIN para fazer espionagem, a la ditadura;
3) desqualificação de Rodrigo Janot, o Procurador Geral da República, até o fim de seu mandato, em setembro, quando se colocará na PGR alguém "inofensivo";
4) mudanças na cúpula da PF e restrição às suas atividades, em benefício do governo e seus aliados, todos investigados;
5) pressão sobre empresas que fizeram delação premiada, não por amor à ética e à transparência, mas como vingança e desestímulo a outras que possam querer colaborar com a Justiça, revelando os esquemas corruptos dos quais participaram;
6) No plano congressual, leis que inibam a ação de outros poderes e anistiem o Caixa 2, blindagem de Temer, implantação do “distritão” (para reeleição de caciques) e eliminação, pela cláusula de barreira, de partidos ideológicos que não coonestam o sistema decrépito.
Esse plano sinistro terá, por parte do PSOL, a mais firme postura de denúncia, combate e rejeição, em palavras, iniciativas e votos. Mas só o repúdio organizado da população nos dará forças para a luta no Congresso Nacional.
Fora Temer, não ao seu plano sinistro, Diretas já e sempre!
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