De acordo com os registros da FAO, reunidos na base de dados aberta do Banco Mundial, o mapa indica a variação da porcentagem de área florestal em relação ao território total das nações desde 1990.
O desmatamento continua sendo a tendência dominante. A superfície florestada mundial diminuiu 3% (130 milhões de hectares) nos últimos 25 anos. Mas isso ocorreu em um ritmo muito menor: a taxa líquida de perda de árvores nesse período passou de sete milhões de hectares anuais a três milhões, de acordo com o relatório Estado dos Bosques do Mundo da FAO.
O poder aquisitivo das nações, de acordo com os dados, possui uma estreita relação com a conservação dos bosques. Os países mais desenvolvidos somaram mais de três milhões de superfície florestada nova entre 2000 e 2010; os menos, pelo contrário, perderam mais de dois milhões.
No Brasil, onde são perdidos aproximadamente 2,5 milhões de hectares anuais, a superfície total caiu 10%. Em situação oposta se destaca o Uruguai, país que ganhou 131% de massa florestal e onde 80% têm certificação de sustentabilidade. As regiões tropicais são as que mais gravemente foram afetadas. Elas perdem por volta de sete milhões de hectares por ano. A necessidade de espaço para terras agrícolas coloca países africanos como Togo (-73%), Nigéria (-70%) e Uganda (-56%) entre os mais devastados, além de nações como Honduras (-44%), Nicarágua (-31%) e El Salvador (-30%).
A Islândia, que dobrou sua superfície verde, mas que só representa 0,5% do território, fenômeno que se repete em outros países como o Bahrein (172%). O aumento espanhol vem principalmente dos reflorestamentos, o êxodo rural e a expansão natural da vegetação montanhosa.
Em números absolutos, a Finlândia, com 83% de bosques, a maior parte sustentável, é o primeiro país europeu na classificação dos mais verdes do mundo, liderada por pequenas ilhas tropicais da América do Sul e do Caribe, algumas nações africanas e países do sudeste asiático e do Pacífico Sul. Cinco países não possuem nenhuma área florestada: San Marino, Catar, Groenlândia, Omã e Nauru.
Outras causas, como a agricultura comercial em larga escala, são responsáveis por 40% do desmatamento, elevando número a 70% na América Latina. A urbanização, a mineração e a construção de infraestrutura dividem os outros 30%.
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