domingo, 4 de dezembro de 2016

Em Cuba, com ou sem volta?

Agora que 70 executivos da Odebrecht assinaram os pedidos de delação premiada e começarão a denunciar perto de 200 políticos envolvidos com a roubalheira, a moda é especular quais os “peixes grandes” que cairão na rede. A grande indagação é se o Lula será ou não premiado. Os vazamentos já estão no forno, mas resposta ainda não há. Como o ex-presidente viajou ontem para Cuba, a fim de participar dos funerais de Fidel Castro, a bolsa de apostas está em aberto. No PT, há quem se organize para tratar da defesa, como também existem os companheiros empenhados em deitar gasolina no fogo.

Para o governo Temer, seria o que de pior poderia acontecer. O Lula já declarou que se aparecer uma mínima insinuação de que participou da lambança, irá a pé para a primeira delegacia da Polícia Federal que encontrar, entregando-se à Justiça.

Divide-se o país. Metade, ávida de receber uma carta de alforria para o primeiro companheiro, o resto torcendo para ele ser definitivamente afastado da corrida sucessória.
Como vazamentos são inevitáveis, é possível que antes de retornar de Cuba o ex-torneiro-mecânico já tenha definida sua sorte. Há quem o aconselhe, até, de que se for incluído na lista dos acusados, poderá pedir asilo a Raul Castro. Aguardaria a decisão da justiça instalado numa das casas de visita nos arredores de Havana.

A História tem dessas reviravoltas. Registra-se uma situação daquelas consideradas inimagináveis há um ano atrás. Haverá que aguardar, especulando-se apenas a quantidade de malas que o primeiro-companheiro levou para Cuba.

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