O pior é que o novo horário vale para metade do território nacional. A outra metade seguirá como antes. Um baiano que trabalha em Minas atravessará a ponte certo de que iniciará sua jornada na hora certa, mas já estará descontado em sessenta minutos. Em compensação, ao voltar para casa, ficará sem ter o que fazer por uma hora, esperando o jantar que o estômago reclama mas a mulher levará igual tempo para servir.
Quase 150 milhões de reais serão economizados nas contas de luz de meio Brasil, porque não haverá necessidade de acender as lâmpadas quando a noite chegar. Ainda vai demorar uma hora. No reverso da medalha, será madrugada quando formos escovar os dentes e tomar café, de luz acesa, gastando outros 150 milhões…
Imaginava-se que em meio a tantas reformas anunciadas, o governo Temer se esquecesse do horário de verão, mas não teve jeito. Chega à meia-noite de sábado para domingo, prolongando-se até março.
O relógio biológico dissocia-se do calendário. Quando nos tivermos acostumado, será hora de atrasar os ponteiros, para nova temporada de sacrifícios inúteis. Povo rico é assim mesmo…
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