Brasília se livrou de Dilma. E Lula não se livrou de Curitiba
Duas ótimas notícias tornaram bem mais luminoso o 7 de Setembro do Brasil que pensa. A primeira: Dilma Rousseff enfim caiu fora do Palácio da Alvorada. Na véspera do Dia da Independência, despachou seus pertences para Porto Alegre em cinco caminhões de mudança despachados para Porto Alegre e, na última viagem gratuita como freguesa da FABTur, decolou rumo à capital gaúcha, que dividirá com o Rio o duvidoso privilégio de hospedar a ex-presidente.
Lá, terá todo o tempo do mundo para retribuir as manifestações de apoio dos companheiros. Poderá, por exemplo, enfeitar o palanque de Raul Pont e, com duas ou três aparições, dinamitar as esperanças eleitorais do candidato do PT à prefeitura. Também estará disponível para consolar os nostálgicos da governante desgovernada com discurseiras de improviso em atos de protesto contra golpistas em geral, festanças de casamento ou festinhas de batizado. Há espaços na agenda para tudo.
A segunda notícia é ainda mais animadora: por decisão do Conselho Superior do Ministério Público Federal, foi estendido até 8 de setembro o prazo de validade da Operação Lava Jato, que deveria vencer nesta semana. Os bandidos que sonhavam com o fim da insônia provocada pelo medo de cadeia ficarão sem dormir pelo menos mais um ano. Lula, por exemplo, continuará a ser atormentado, com os olhos abertos, por pesadelos em meio aos quais ouve batidas na porta às seis da manhã ou a voz de Sérgio Moro formulando perguntas sem respostas.
Não é o presidente da República o verdadeiro Grande Satã da seita que, despejada do poder, ordenou a seus devotos que atravessem os dias berrando “Fora Temer”. Quem o Mestre e seus discípulos querem ver pelas costas (e fora dos tribunais) é Sérgio Moro, acompanhado por todos os procuradores e policiais engajados na Lava Jato. Lula e sua turma sabem que a fonte de suas angústias não está em Brasília, mas em Curitiba.
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