Hoje, o placar do Estadão já é de 50 votos a 20, com 11 indecisos. Portanto, a tendência é de Dilma Rousseff ser cassada por 58 votos a 23. Até a decisão final, daqui a alguns meses, é praticamente certo que até aumente o número de senadores contra ela.
Na base da tarja preta, Dilma ainda acredita em milagre, mas Lula, o PT e o governo já estão conscientes da realidade virtual, que não poderá ser revertida. Ou seja, em breve o partido estará fora do poder e dificilmente conseguira recuperá-lo nas próximas eleições. A derrocada é flagrante. Um quinto dos prefeitos que o PT elegeu já se desfiliou. E há notícias de que 26 deputados federais também deverão abandonar a legenda, para se integrar ao novo partido que está sendo criado pelo ex-governador gaúcho Tarso Genro,.
Voltando ao fim da Era do PT, além do desemprego que afeta o país, desta vez serão milhares de militantes petistas que perderão os cargos de que desfrutam hoje, incluindo ministérios, secretarias, estatais e afins, como os órgãos do Sistema S (Sesi, Senai, Sesc etc.), os fundos de pensão e tudo o mais.
Pela primeira desde 2003, estes petistas terão de lutar pela sobrevivência na iniciativa privada. Os ainda ministros Ricardo Berzoini, Miguel Rossetto, Edinho Silva, Aldo Rebelo e Aloizio Mercadante, se ainda não enriqueceram como tantos outros correligionários, agora terão de lutar por uma vaga no mercado de trabalho. Entre todos eles, apenas José Eduardo Cardozo tem vaga garantida, pois é procurador do município de São Paulo e pode pedir reintegração.
Cardozo é um felizardo, seu futuro está garantido, mas não se pode dizer o mesmo em relação aos milhares de militantes petistas que ficarão ao léu.
O desemprego petista vai afetar até mesmo o famoso Instituto Lula, que tem elevado custo mensal e faz tempo que as receitas das falsas palestras deixaram de irrigar a contabilidade. Os dirigentes Paulo Okamotto, Luiz Dulci, Ana Ant, Paulo Vanucchi e Celso Marcondes já sentiram o drama e o site do Instituto passou a pedir contribuições aos militantes petistas.
No desespero, Lula tenta resistir no grito, incitando o PT e os movimentos sociais a sair às ruas e lutar contra o impeachment. Nesta segunda-feira, ao participar do Seminário Internacional da Aliança Progressista, em São Paulo, o ex-presidente foi claro. “Nós do PT vamos resistir, vamos lutar, porque com a democracia não se brinca. Se preparem porque, se pensam que vão destruir o PT e a nossa motivação, é só olhar para as ruas e ver a diferença do nosso povo”, disse Lula, prevendo tempos difíceis e de embate no País, com o processo de impeachment de Dilma em andamento.
“Aqui no Brasil vai ter muita luta. Esperem que viveremos momentos de combate democrático”, anunciou.
Lula sabe que a Era do PT está no fim. Tenta revivê-la através de ameaças e de incitação ao confronto. Até agora, não houve enfrentamentos graves, mas tudo pode acontecer quando o Senado for votar o afastamento da presidente Dilma, agora em maio.
Renan Calheiros (PMDB-RJ), na condição de presidente do Senado, está prometendo votar o afastamento no dia 15 de maio, dentro de três semanas, mas não se pode confiar nele, tudo indica que pretende retardar ao máximo a decisão, levando-a ao final de maio ou início de junho.
O resultado é que o clima irá se acirrando cada vez mais. Ninguém sabe o que poderá acontecer quando João Pedro Stédile atender a Lula e colocar seu “exército” nas ruas. É aí que mora o perigo, como se diz hoje em dia.
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