Ainda é
cedo, mas há fortes indícios de que o PT perderá as próximas eleições. Em que
Estado com muitos eleitores seus candidatos a governador se mostram
competitivos? Talvez em um. No total os petistas aparecem bem situados apenas
em quatro Estados, se tanto, três deles com não muitos eleitores. Quanto aos
aliados, especialmente o principal, o PMDB, parece que andam em franca
debandada em vários Estados. Também, pudera, como pedir fidelidade no apoio à
reeleição quando, além do pouco embalo da chapa presidencial, os candidatos da
oposição e do próprio PMDB aos governos estaduais aparecem bem à frente dos
candidatos do PT?
As taxas de
rejeição da presidenta estão nas nuvens, não só em São Paulo, onde nem o céu é
o limite. Também crescem nos pequenos municípios do Norte e do Nordeste para
onde, nas asas das bolsas-família, migraram os apoios do partido que nasceu com
os trabalhadores urbanos. As raízes deste quadro se abeberam em vários
mananciais: o das dificuldades econômicas, da tragédia das políticas energéticas
(vale prêmio Nobel derrubar ao mesmo tempo o valor de bolsa da Petrobras e as
chances do etanol e ainda encalacrar as empresas de energia elétrica), da
confusão administrativa, do pântano das corrupções e assim por diante. Culpa da
presidenta? Não necessariamente.
A democracia entre nós, já disseram melhor outros personagens, é como uma planta tenra que tem que ser cuidada e regada com exemplos, pensamentos, palavras e ações todos os dias. Cuidemos dela, pois.
Leia mais o artigo de Fernando Henrique Cardoso
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