Nos últimos meses, milhares de trabalhadores aderiram a
greves no Brasil, alterando a rotina de diversas cidades. As paralisações
mobilizaram diversas categorias, como professores, garis, motoristas e
policiais. A aproximação da Copa do Mundo tem sido usada como elemento de
pressão pelos grevistas, avaliam especialistas. No entanto, eles são unânimes
em afirmar que o Mundial pouco vai impactar as paralisações, que vieram para
ficar.
Segundo Ruy Braga, professor da USP e especialista em
sociologia do trabalho, as greves têm aumentado desde 2008. Somente em 2012,
foram 873 paralisações, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos).
"A Copa do Mundo pode estar presente no horizonte
tático e estratégico desses trabalhadores e sindicatos. Entretanto, isso não é
decisivo, porque os dados mostram que a cada ano a atividade grevista aumenta
35% em relação ao ano anterior", afirma Braga. Ele acredita que o número
de greves em 2013 e 2014 será muito superior ao de 2012.
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