Tanto a ala militar quanto a olavista do governo temem o poder dos filhos sobre o capitão. São os únicos em quem ele confia totalmente, porque Bolsonaro é paranoico, não confia em ninguém e vê conspiradores em cada canto. Seu lema é “a família acima de tudo” e não hesitaria em criar uma crise institucional e colocar seu governo em risco para salvar um filho da cadeia. Como pai de três, até entendo, mas não justifica.
No seu ótimo “Tormenta – O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos”, Thaís Oyama conta que quando Jair teve uma briga com Carluxo, que tem temperamento instável e passional e toma remédios tarja preta, e o filho sumiu por duas semanas, ficou desesperado com suas ameaças de nunca mais voltar a vê-lo. Sempre paranoico, Bolsonaro diz que tem medo de que ele “faça uma besteira”, velho eufemismo para suicídio. Carluxo, que ambiciona ser o filho predileto, o que não é difícil porque os irmãos são dois bobalhões que só criam problemas, tem o pai pelo cabresto afetivo. Criou e comanda o “gabinete do ódio” no Planalto, é o filho mais influente.
Por essa ninguém esperava. O país ser governado pelo presidente com um triunvirato de sangue, que não foi eleito nem tem qualquer qualificação para isso, mas é influência decisiva em qualquer posicionamento importante do pai, principalmente os errados, as fake news, desinformações e provocações estimuladas pelos garotos.
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