Em 2011, o governo Dilma tentou pôr à frente da Casa Rui um sociólogo primário, mas afinado com o pensamento então vigente. Sua indicação foi rechaçada pela própria Casa Rui, que sempre se fez presidir por um intelectual à altura, sem cor política. Mas isso agora acabou.
Letícia Dornelles é só um caso entre centenas de pessoas inexpressivas, nomeadas pelo governo Bolsonaro para cargos menos visíveis, mas fundamentais para o funcionamento de organismos da educação e da cultura —inexpressivas para a exigência dos cargos, mas sob medida para as intenções do governo. É um aparelhamento equivalente ao praticado pelo PT, só que com sinal trocado e um ranço religioso, pentecostal, ofensivo ao Estado laico.
Na verdade, essa infiltração está se dando em todos os ministérios e secretarias. Os Salles, Damares, Weintraubs, Antônios e Araújos são mais notórios pelos cargos que ocupam. Mas, sob eles, já há incontáveis salles, damares, weintraubs, antônios e araújos.Ruy Castro
Nenhum comentário:
Postar um comentário