Não é. Corruptos, somos todos desde Adão, mas há limite quando se tem moral ou, no máximo, justiça com maiúscula. Sem um pingo de vergonha, o Brasil criou sua institucionalização e exportação, em particular para os vizinhos e até para Cingapura, um dos países com menor índice desse crime. Fez da corrupção moeda nacional com que principalmente governos, políticos e instituições negociam a própria sobrevivência com dinheiro público. Em suma, tornou a criminalidade privilegiada um sistema governamental, o que deixa todo o mundo lá fora de boca aberta.
Não é à toa que em recentes manifestações contra o governo de Macri, em Buenos Aires, foram vistos cartazes com dizeres de "Aqui não é o Brasil". Uma verdade indiscutível que aqui não provocou nenhuma repercussão, ou se aconteceu foi ínfima. Os argentinos não se acomodam, como praticamente todos os outros sul-americanos. Apenas o brasileiro, tão bonzinho, se curva e toca a vida como se roubar o que lhe toca não é motivo para sair no tapa ou no mínimo berrar nas esquinas. E isso põe estrangeiro arrepiado de não ver o Brasil mostrar que é um Estado, mas apenas um amontoado sob a égide criminosa.
Luiz Gadelha
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