segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Ongs lançam campanha contra venda de bolinho de tubarão em Noronha

O arquipélago de Fernando de Noronha é um dos poucos locais ao longo da costa brasileira onde se pode realizar mergulho de observação de tubarões. O mesmo santuário que permite o avistamento desses animais ameaçados serve aos seus visitantes um bolinho com recheio de… tubarão. O cardápio inusitado segue sendo livremente comercializado, mas as ONGs ambientalistas Divers for Sharks e Rede Nacional Pró Unidades de Conservação (Rede Pró UC) se uniram para chamar atenção para a evidente contradição desta prática.

Os ambientalistas alertam principalmente para a falta de identificação das espécies que viram recheio do "tubalhau". Não se sabe se a espécie consumida consta na lista vermelha de espécie ameaçada, por exemplo. Em dezembro, ((o))eco publicou uma coluna da instrutora de mergulho Adriana Castro, que relatou vários problemas que ela presenciou na ilha, entre eles, a visível diminuição da fauna marinha.

02022017-divers-for-sharks-5

“Há uma necessidade de se banir esse bolinho de tubarão em Fernando de Noronha. O coerente e o correto é parar de matar tubarão para que o que movimente a economia da região seja o turismo, seja a observação da fauna marinha e não o consumo da fauna marinha, vendida como carne. Se você vai para o Pantanal e não come churrasco de onça, porque você iria Fernando de Noronha comer bolinho de Tubarão? Ambas são espécies ameaçadas e raras da nossa fauna. Ambas merecem ser protegidas em seus habitats naturais”, explica Angela Kuczach, diretora da Rede Nacional Pró Unidades de Conservação.

A campanha será veiculada nas redes sociais e segue o mote da fala da Angela: se não é permitido comer iguaria feita com espécie ameaçada em qualquer outro ambiente, porque se permite comer tubarão em Noronha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário