terça-feira, 22 de novembro de 2016

Temer precisa deixar de temer

O primeiro-ministro britâncio Neville Chamberlain quis colocar panos quentes na voracidade nazista de Adolf Hitler. Anunciou uma paz, furada, com os alemães e depois cairia para assumir Winston Churchill, que não tinha papas na língua e foi o estadista certo no momento certo.

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Michel Temer, no melhor estilo Chamberlain, revelou querer entrar para a história como quem colocou o Brasil novamente nos trilhos. Acredita de mãos postas na conversa para endireitar o país, mas vai sendo levado pela conversa da sua corte.

Decididamente Temer não é Churchill para quem não havia conversa quando se tratava de grave perigo para a Inglaterra e seus concidadãos. A lição do grande primeiro-ministro era enfrentar o inimigo com toda a raça no sangue, suor e lágrimas.

O presidente brasileiro aposta mais na luva de pelica, na conversa ao pé do ouvido, nos regabofes políticos mesmo quando o povo nem sabe o que é brioche. Quer levar a bandidagem política no papo furado. Não será por inocência, mas certamente por algo muito mais danoso.

Se presidente de todos os brasileiros, devia tomar as dores da população e incorporar Churchill, mesmo que não leve jeito. Continuar no modelo Chamberlain vai dar com os burros n'água e não fará a figura que quer passar para a história. Será um mero Temer, neste faroeste caboclo, para maior sofrimento de quem não tem a que recorrer.
Luiz Gadelha

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