Faltariam vontade e determinação necessárias para evitar que o futuro seja simplemente uma versão piorada do passado. Culpa de Cabral (Pedro Alvares, é bom que se diga). Desde la não haveria novidade. Apenas o cumprimento de destino escrito simultaneamente a carta de Caminha.
Os cínicos costumam dizer que é assim mesmo. Sempre foi, dizem. Desde que Cabral aqui chegou. Estaria em nosso DNA. Imutável, intocável. Nossas mazelas seriam esperadas e até necessárias. Corrupção, para eles, é o óleo que faria a engrenagem girar. E sem corrupção, nada andaria. “Está tudo parado!”, continuam gritando indignados.
E com este embate entre cínicos e pessimistas que la nave va. A deriva e sem controle. Desperdiçando oportunidades, comprometendo o futuro, e prejudicando gerações futuras.
O tão comemorado bônus demográfico escapa por entre os dedos sem que os benefícios sejam colhidos. O país envelhece sem enriquecer. E se endivida sem ter como pagar.
Numa terra de tantos problemas e sem duvida onde se faz tanta critica, é curioso que não frequentemente não se faca a conexão entre o alto grau de corrupção em um estado gigantesco e ineficiente, com o tamanho da conta a ser paga pelos cidadãos nascidos e por nascer.
Uma nação não pode se basear em fraude. Por definição, fraudes são efêmeras, destinadas a desabar sob o peso da realidade. Dai a pressa de mudar. De buscar outras e melhores bases para o funcionamento da sociedade. Mudar é urgente.
Não existe saída possível sem a melhoria dos padrões éticos e políticos. Mesmo que tenha (ou não) sempre sido assim. E que a culpa seja mesmo de Cabral. Do Pedro Alvares, claro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário