Ao trocar a suprema arrogância pela humildade depois de ter sido condenado a quase vinte nos de prisão, Marcelo Odebrecht decidiu mostrar ao juiz Sérgio Moro o mapa do desvio de 7 bilhões de reais que saíram do propinoduto da sua empresa para políticos e afins. Só o Lula, segundo a ISTOÉ, meteu a mão em 8 milhões de reais, dinheiro que lhe foi entregue ao vivo e a cores pelo próprio empreiteiro. A Dilma, que agora tenta passar imagem de boa samaritana, é citada 16 vezes na delação do ex-presidente da Odebrecht que foi ainda mais longe. Disse que ela pediu dinheiro para sua reeleição em 2014 e que o intermediário do caixa dois foi o ministro Palocci, já preso.
É a maior delação premiada do mundo de uma empresa que fatura mais de 130 bilhões de reais e que durante anos deu as cartas no país. Não só Marcelo, mas também seus 80 executivos abriram o bico para o juiz Sérgio Moro e sua equipe que prometem, em contrapartida, aliviar a condenação de todos eles. Em compensação, Moro revela para o Brasil o maior esquema de corrupção de uma organização criminosa que se trasvestiu de partido político para assaltar os cofres públicos. Assustado com o volume de informações obtido pelos procuradores da Lava Jato que o apontam como o chefe da bandidagem, Lula vociferou contra a Polícia Federal, Sérgio Moro e os procuradores, desafiando-os a mostrar provas da sua participação na quadrilha. Coisa de quem continua acuado.
Marcelo Odebrecht chegou à Polícia Federal do Paraná arrotando prepotência. Imaginava que o dinheiro e o poder iriam comprar a consciência dos procuradores e do próprio Moro, como ainda é comum no Brasil. Antes de ser preso, conversou com a Dilma sobre o interesse que tinha na nomeação do ministro do STJ, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas cuja tarefa, ao ser nomeado ministro do tribunal, seria soltar ele e seus comparsas, como denunciou o ex-senador Delcídio do Amaral. O tiro, entretanto, saiu pela culatra quando os próprios pares de Navarro no STJ desconfiaram da armação e bloquearam o habeas-corpus que iria implodir a Lava Jato.
Ao se sentir isolado, Marcelo ainda tentou enfrentar Sérgio Moro. Em alguns depoimentos tratou o magistrado com desdém, menosprezo. Achou que a fortuna, que comprou durante anos políticos e presidentes, dava-lhe o direito à impunidade e a confrontar os investigadores da Lava Jato. Por algum tempo não se deu conta de que enfrentava um lado até então desconhecido da justiça brasileira: um juiz e procuradores sem rabo preso que tinham como objetivo apurar o maior escândalo de desvio de dinheiro de empresas públicas. A ficha de Marcelo só caiu quando o martelo implacável de Moro desabou sobre a sua cabeça, condenando-o à prisão.
Quando for homologado pelo ministro Teori Zavascki até o final deste mês, a delação de Marcelo Odebrecht não deixará pedra sobre pedra. Um dos alvos, como se saberá lá na frente, também é o BNDES que durante os mandatos do Lula e Dilma foi chefiado por Luciano Coutinho. Marcelo Odebrecht contou aos procuradores na delação que Luciano Coutinho e o ex-ministro Guido Mantega eram os intermediários das doações à campanha de Dilma em 2014 que tinham como caixa o BNDES.
As empresas que obtinham financiamento do banco para obras no exterior eram obrigadas a fazer doações ao PT. Lula, o lobista de luxo da Odebrecht, já responde a processo sobre sua influência na liberação desses recursos, mas Coutinho e Mantega ainda conseguem sair de fininho da sala da corrupção até agora. É claro que Lula não agiu sozinho. A aprovação desses empréstimos no exterior teve a participação de Coutinho para liberar o dinheiro para Odebrecht que depois voltava para as campanhas petistas.
É a maior delação premiada do mundo de uma empresa que fatura mais de 130 bilhões de reais e que durante anos deu as cartas no país. Não só Marcelo, mas também seus 80 executivos abriram o bico para o juiz Sérgio Moro e sua equipe que prometem, em contrapartida, aliviar a condenação de todos eles. Em compensação, Moro revela para o Brasil o maior esquema de corrupção de uma organização criminosa que se trasvestiu de partido político para assaltar os cofres públicos. Assustado com o volume de informações obtido pelos procuradores da Lava Jato que o apontam como o chefe da bandidagem, Lula vociferou contra a Polícia Federal, Sérgio Moro e os procuradores, desafiando-os a mostrar provas da sua participação na quadrilha. Coisa de quem continua acuado.
Marcelo Odebrecht chegou à Polícia Federal do Paraná arrotando prepotência. Imaginava que o dinheiro e o poder iriam comprar a consciência dos procuradores e do próprio Moro, como ainda é comum no Brasil. Antes de ser preso, conversou com a Dilma sobre o interesse que tinha na nomeação do ministro do STJ, Marcelo Navarro Ribeiro Dantas cuja tarefa, ao ser nomeado ministro do tribunal, seria soltar ele e seus comparsas, como denunciou o ex-senador Delcídio do Amaral. O tiro, entretanto, saiu pela culatra quando os próprios pares de Navarro no STJ desconfiaram da armação e bloquearam o habeas-corpus que iria implodir a Lava Jato.
Ao se sentir isolado, Marcelo ainda tentou enfrentar Sérgio Moro. Em alguns depoimentos tratou o magistrado com desdém, menosprezo. Achou que a fortuna, que comprou durante anos políticos e presidentes, dava-lhe o direito à impunidade e a confrontar os investigadores da Lava Jato. Por algum tempo não se deu conta de que enfrentava um lado até então desconhecido da justiça brasileira: um juiz e procuradores sem rabo preso que tinham como objetivo apurar o maior escândalo de desvio de dinheiro de empresas públicas. A ficha de Marcelo só caiu quando o martelo implacável de Moro desabou sobre a sua cabeça, condenando-o à prisão.
Quando for homologado pelo ministro Teori Zavascki até o final deste mês, a delação de Marcelo Odebrecht não deixará pedra sobre pedra. Um dos alvos, como se saberá lá na frente, também é o BNDES que durante os mandatos do Lula e Dilma foi chefiado por Luciano Coutinho. Marcelo Odebrecht contou aos procuradores na delação que Luciano Coutinho e o ex-ministro Guido Mantega eram os intermediários das doações à campanha de Dilma em 2014 que tinham como caixa o BNDES.
As empresas que obtinham financiamento do banco para obras no exterior eram obrigadas a fazer doações ao PT. Lula, o lobista de luxo da Odebrecht, já responde a processo sobre sua influência na liberação desses recursos, mas Coutinho e Mantega ainda conseguem sair de fininho da sala da corrupção até agora. É claro que Lula não agiu sozinho. A aprovação desses empréstimos no exterior teve a participação de Coutinho para liberar o dinheiro para Odebrecht que depois voltava para as campanhas petistas.
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