Era a prisão dos ladravazes, que inundaram o país de lama, a centelha de confiança de que o país precisava para mudar de rumo. Ao declarar que prefere o maior bandido de todos os tempos solto, por medo, Michel Temer vai mostrando de que lado está. De um lado que não vai conseguir enganar a plebe rude por muito tempo. Seriam necessárias mais que gomalina no cabelo, mesóclises e a tal temperança elegante para convencer o país a abandonar a guerrilha e voltar para o batente.
Primeiro camburão surgiu em 1904 em Curitiba |
Tanto faz, percebem? Um governo que não agrada gregos nem baianos está a um passo de que todos se unam de novo para tirá-lo de onde está. Sabermos que mais da metade do Congresso é denunciada numa operação policial, que se esforçam para aprovar leis que livrem seus rabos sujos da punição iminente, que juízes em Berlim se esbaldam em supersalários que não deixam dúvidas de que estão de qualquer lado, menos do lado da lei, mostram de forma inequívoca que este governo que mal começou, já acabou.
Sinceramente? Mais uma vez eu queria que minha dissensão fosse meramente ideológica. Não é. É de caráter. De moral. De ética. De perceber que só poderíamos ser governados por bandidos de uma facção com a cumplicidade, cobertura e falta de oposição de todas as demais. A Lava Jato explicou tudo. Pro camburão com todos eles. Não vai sobrar nenhum.
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