Um dos aspectos mais relevantes do chamado sistema nacional anticorrupção radica em que todos os servidores públicos deverão divulgar sua declaração de patrimônio e renda. Os dados relativos à vida privada ou protegidos pela Constituição serão isentos de publicidade.
As sanções também ficam mais rígidas. No caso dos funcionários, o enriquecimento ilícito será punido com penas que podem chegar a 18 anos de prisão. Participa da fiscalização a recém-criada Procuradoria Contra os Crimes de Corrupção. Seu diretor deverá ser eleito de uma lista de três candidatos e aprovado por dois terços do Senado. Além disso, será criado um tribunal federal com jurisdição plena nessas causas e a Auditoria Superior da Federação ganhará novos poderes para efetuar inspeções em tempo real e fiscalizar os recursos centrais destinados a órgãos estatais e municipais. O secretário da Função Pública, sobre quem recai o flanco governamental desse combate, também terá de ser ratificado pelo Senado.
“Em alguns anos recordaremos este dia como o início de uma nova etapa para a democracia e o Estado de Direito. A corrupção é um desafio da maior magnitude, que requer ações da sociedade e das instituições. Estou convencido de que tem solução”, afirmou Peña Nieto.
Ciente de que sua gestão foi alvo de furiosas críticas motivadas pelo caso da Casa Branca (um dos grandes empreiteiros do Governo construiu e vendeu uma mansão à primeira-dama), o presidente aproveitou a ocasião para pedir desculpas públicas. “Em novembro de 2014, a informação difundida sobre a chamada Casa Branca causou grande indignação. Esse assunto me reafirmou que os servidores públicos, além de serem responsáveis por atuar conforme a lei e com total integridade, também somos responsáveis pela percepção que geramos com nossas ações e, nisto, reconheço, que cometi um erro (…). Senti na carne a irritação dos mexicanos. Entendo-a perfeitamente, por isso, com toda humildade, peço-lhes perdão”, afirmou Peña Nieto.
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