Que assim permaneçam, não defendo a cura dessa gente toda, pois a existência do contraditório, mesmo sombrio, é importante para nos impedir de esquecer que o combate deve ser permanente e a vigilância constante, cotidianos ambos, para que o futuro se confirme e o passado seja somente memória. Um passado que ainda frutificará por muito tempo, mas, não sei se por índole, formação, escolha consciente ou tudo isso, gosto de pensar que temos mais a celebrar diante de tanto a lamentar.
Não sei se tinha de ser tão doloroso, só sei que assim foi ou está sendo; e o país aprendeu mais a respeito de si e desmistificou talvez a última vertente do nefasto legado getulista numa cópula maldita e inaudita com o esquerdismo mais obscuro. Em meio à contabilidade dos danos, dos dramas pessoais que a crise econômica gerou, das imperfeições do governo Temer e de tanto que há por fazer, volto dia 31 à Paulista para continuar reivindicando, mas sobretudo para comemorar as novas luzes que, sim, revelam os vincos profundos de um país tão maltratado, mas iluminam o que era sombra até ontem.
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