Quando era jovem e idealista, Dilma acreditava de coração que só um socialismo como o cubano salvaria o Brasil injusto e atrasado. Combatendo nas sombras, arriscando a vida em guerrilhas urbanas, com atentados, expropriações, sabotagens e assassinatos, acreditava que eles seriam capazes de abalar a gigantesca estrutura militar-policial da ditadura e instaurar uma nova ordem.
Dura e mandona, líder de seu grupo, Dilma perdeu. Foi presa, torturada, perdeu três anos de vida por uma crença desmentida pela razão e pelos fatos.
Hoje ela diz que foi vítima de uma injustiça. Em guerra contra o Estado, Dilma perdeu por suas escolhas erradas e teimosas contra todas as evidências, quando a valentia se confunde com a soberba.
Quarenta anos depois de sua prisão, ungida por Lula, o poder lhe caiu nas mãos.
Em 2010, a candidata Dilma declarou que guardava R$ 150 mil em dinheiro vivo em casa. Em seis anos, a inflação criada pelo seu governo roeu uma boa parte de suas economias, e ao mesmo tempo deixou de ganhar um bom rendimento na poupança. Perdeu duas vezes. Por vocação ? Ou metáfora ?
Parece estranho, mas Dilma é leitora e admiradora de Nelson Rodrigues, que passou a vida ridicularizando tudo em que ela mais acreditava. Agora lhe resta citá-lo quando disserem que são os fatos que a condenam: Então pior para os fatos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário