A marcha leva faixas e grita “Fora Cunha” em frente ao Congresso, exigindo a cassação e a prisão de um dos deputados mais votados do país e que legitimamente preside a Câmara, seja ele um canalha ou não. Mas quem gritar “Fora Dilma!” é golpista, coxinha, direitista ou rico. Embora 93% dos brasileiros a desaprovem. Vai entender.
A cada novo lance, vai ficando mais inverossímil a história desse fabuloso personagem que não encontra paralelo na ficção brasileira e mais se aproxima dos fantásticos patriarcas de Gabriel García Márquez, em que o talento, a inteligência e a ambição levam à ascensão e queda de um sindicalista carismático, inteligente e pitoresco, vítima de suas próprias bravatas, malandragens e frouxidão moral, devorado pelas velhas elites políticas e econômicas de sempre, com quem se aliou, achando que as enganaria.
Um dos seus piores legados é os salários de empregos públicos e suas aposentadorias se tornarem muito melhores que os da iniciativa privada, com o dinheiro do contribuinte. Quanto maior o Estado, maior a corrupção. Nos milhares de cargos de indicação politica é que acontecem os grandes prejuízos, por corrupção ou incompetência, ou os dois. Na empresa privada o que vale é mérito e eficiência: roubos são raríssimos.
Dizendo que não pode ir nem a um restaurante de São Bernardo por medo de ser vaiado, Lula tenta articular uma impossível reação, que depende mais de Dilma do que dele, mas com 93% contra, quem acredita em uma virada? Como terminará a história sensacional desse fabuloso personagem que foi um rei do Brasil no século XXI? Drama, tragédia ou farsa? Um seriado melhor que “House of Cards”.
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