Madame continua conquistando os troféus de amadorismo e de incompetência política, agora ao mandar anunciar que extinguirá dez ministérios, mas sem dizer quais, aumentando a temperatura entre os partidos incrustados no poder sem querer perdê-lo. A briga vai ser de foice entre PT e PMDB para segurar seus lugares. Acresce que a presidente deixou passar um tempo precioso desde as primeiras pressões recebidas para enxugar o governo, de início negando-se e agora voltando atrás.
Fácil não será, tendo em vista a necessidade de impedir o esfacelamento de sua base parlamentar, mas em tempos bicudos como os atuais, sempre será possível obter dos partidos um compromisso de colaboração desinteressada, capaz de evitar o pior.
A principal dificuldade para Dilma enfrentar é o PT, hoje detendo o maior número de ministérios e, em consequência, mais exposto a perder espaço. A presidente deveria ter costurado a cirurgia e promovido as substituições antes de mandar anunciá-las genericamente, muito menos estendendo até final de setembro o prazo para tomar as decisões. Parece óbvio que sofrerá pressões inusitadas, até ameaças de abandono da base governista. Com o governo enfraquecido, aumentam as possibilidades de chantagem.
Em suma, o risco é de amadorismo e incompetência continuarem frequentando os corredores do palácio do Planalto, ainda mais na ausência do vice-presidente Michel Temer, engolido pelo festival de mesquinharias encenado pelo comando petista.
Houve tempo em que dava gosto viver no planeta, apesar de suas contradições e dificuldades. Pelo menos, as nações tinham em quem confiar. Nos Estados Unidos, John Kennedy empolgava. Na União Soviética, entre o Sputnik e Yuri Gagárin, quem pontificava era Nikita Kruschev. O general De Gaulle recuperava a França, Winston Churchill voltara a ser primeiro-ministro da Inglaterra e Konrad Adenauer consolidava a nova Alemanha. Na China, Mao Tse-tung assustava o mundo, menos Pandit Nehru, na India, e até no Vaticano permanecia a sombra do velhinho mais reformador da Igreja, João XXIII. Para não esquecer o Brasil, onde Jânio Quadros assumia o poder como a grande esperança, depois da confiança deixada por Juscelino Kubitschek.
Pois é. Acabou tudo. A mediocridade ocupou todos os quadrantes e nunca mais foi embora…
Nenhum comentário:
Postar um comentário