O Brasil vive seu momento mais dramático desde o fim do regime militar.
Pode-se contra-argumentar que o impeachment do Collor foi mais grave. Mas ali o grito das ruas e as instituições entraram em sintonia. A crise foi equacionada de forma democrática e pacífica, sem que uma só voz ameaçasse recorrer à beligerância.
A dramaticidade dos dias atuais está tanto no desmanche de um governo que mal começou como na existência de forças interessadas na radicalização, principalmente no interior do bloco governista.
Com o propósito de perpetuar o seu projeto de poder, nem que for na marra, Lula se diz preparado a ir à guerra e disposto a por nas ruas o “exército de (Pedro) Stedile”.
Está se formando um caldo de cultura da violência, do rancor, da intolerância, do confronto.
É neste campo que petistas querem travar a guerra para camuflar seu fracasso na economia, onde após seis anos de subsídios, desonerações, populismo tarifário e irresponsabilidade fiscal, o governo adota agora um pacotaço que pode matar o paciente de overdose.
Mas também para esconder suas impressões digitais no escândalo da corrupção na Petrobras. Nesse jogo sujo vale tudo. Vale acusar as elites e a oposição de conspiração contra os interesses nacionais, uma ladainha enfadonha e sem sentido.
Há o risco real de segmentos da sociedade caírem na armadilha, aderindo à lógica do confronto.
Até porque há um clamor nacional pela ética, ao qual o PT desdenha, desqualifica, taxando-o de udenismo. Sabemos aonde isto leva.
Leia mais o artigo de Hubert Alquéres
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