Nunca é banal milhares de pessoas nas ruas protestando.
Não é banal viver a democracia.
Não foi banal ruas cheias, Brasil afora, contra uma presidenta, um ex-presidente emblemático, um partido, um estado de coisas, escândalos, corrupção.
Não é banal a exposta roubalheira na Petrobras.
Não são banais repetições de escândalos de volumosa corrupção.
Não é banal caixa 2, dinheiro-não-contabilizado, formação de quadrilha para desviar recursos públicos.
Não é banal ter na cadeia corruptos e corruptores.
Não é banal viver em democracia.
Não é banal viver a democracia.
Não foi banal ruas cheias, Brasil afora, contra uma presidenta, um ex-presidente emblemático, um partido, um estado de coisas, escândalos, corrupção.
Não é banal a exposta roubalheira na Petrobras.
Não são banais repetições de escândalos de volumosa corrupção.
Não é banal caixa 2, dinheiro-não-contabilizado, formação de quadrilha para desviar recursos públicos.
Não é banal ter na cadeia corruptos e corruptores.
Não é banal viver em democracia.
Não é banal um partido que embalou sonhos de uma geração estar assim tão desgastado, desacreditado, associado à corrupção e aos desacertos todos da política, na economia, de governos legalmente constituídos.
Não será mais banal mentir para o eleitor?
Também não será mais banal prometer X e entregar Y?
Não pode ser banal a arrogância, a prepotência, o descaso.
Não foi banal o 15 de março de 2015.
Não é banal a democracia.
Não são banais pedidos de volta à ditadura de triste e violenta história, tão recente.
Não foi banal alguma manifesta saudade dos militares por toda a violência que evoca.
Nunca é banal a saudade do mal.
Não foram banais faixas e bandeiras contra o falecido comunismo-vermelho - caduco, soterrado em históricos desmandos, tragédias, perseguições, corrupção. Mentiras e violência.
Não é banal repetir 1964 e temer ainda a velha Cuba - hoje esfacelada, isolada, desacreditada, em fim de caso.
Não é banal protestar contra Paulo Freire. (Como assim? Por favor, ele não).
Nunca é banal a ignorância.
Não é banal a exibição de preconceitos, de conservadorismo, de revanchismos.
Não é banal a explosão de raivas contidas e ódios emperrados.
Nunca é banal motivar a junção de tão desbaratadas vontades.
Não foi banal o 15 de março de 2015.
Não é banal viver em democracia.
Também não é banal o medo de perdê-la.
Tânia Fusco
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