O Brasil dos nossos dias vive como Dâmocles, personagem da mitologia grega que, homenageado pelo imperador Dionísio em um banquete, viu, ao olhar para cima, que uma espada pendia sobre sua cabeça, sustentada por um fio de seda. Apavorado, devolveu o lugar de honra que ocupava ao imperador. Mas aquele fio não era frágil como parecia: era o fio da responsabilidade, que arrebentaria quando a autoridade não a tivesse mais. E o cara era assim como um ex-Luiz ou Dona Dilma…
Nós, brasileiros, estamos por um fio. Vejo-me e a todos nós como passageiros de uma escuna invadida e dominada por piratas que saqueiam nossas riquezas, e nós, tomados de ira, reagimos apenas votando ferozmente… Sei não, mas acho que está passando da hora de quebrar o pau… Mas como? Na unha? Sim, enquanto as temos… E não me venham com essa história de que estou atiçando fogo. Se pudesse, eu não atiçaria, tacava… E, assim, talvez corresse o risco de ser presidente, mesmo sendo alfabetizado.
Gente, o pior dos cegos é aquele que não quer enxergar. Depois de mensalão e petrolão, histórias que não terão fim, virá coisa pior neste crescendo de desgraças que nos acomete. Parece que a natureza mostra que alguma coisa não está certa. Agora até água nos falta. E o Velho Chico sendo transposto, o que pode ser uma provocação tipo eleição de Renan, que o PT, às vezes, o tem como “o bom ladrão”…
E Dona Dilma, que não se assusta com a situação que ela mesma criou? E quem comprou ação da “roubobrás” com dinheirinho do Fundo de Garantia? Isso é perversidade… E os servidores públicos, que só deixarão pensão integral se morrerem até dia 28 de fevereiro? E a água? Sim, a água vai faltar porque ninguém fez nada para guardá-la, armazená-la.
juscelino fez Três Marias, mas, depois dele, não fizeram a barragem do rio Formoso 12 km a montante de Pirapora como programado. E ficou assim. Agora nem tico nem taco, nem água para gerar energia, muito menos, ou nada, para regularizar o leito do rio.
Aqui, em Minas Gerais, no governo de Francelino Pereira, quando o ex-deputado Carlos Eloy era secretário de Estado de Obras Públicas e a Copasa estava vinculada à secretaria, formou-se uma grande equipe dirigente da empresa, presidida pelo competente engenheiro Willian Penido, para equacionar o abastecimento de água da nossa capital e da região metropolitana. Tivesse tido sequência esse estudo de ampliação da captação do rio das Velhas e do rio Manso, não estaríamos sujeitos a morrer de sede.
Naquele tempo, foi realizada, apenas, a primeira etapa do rio Manso, cuja água passaria pelo anel hidráulico da Copasa e, juntamente com o ribeirão Serra Azul entrariam através de Betim e Contagem. O rio das Velhas viria para Belo Horizonte através dos bairros de Lourdes, Savassi, Centro etc. O problema é que, hoje, a Copasa só quer saber de lucro, água é problema de São Pedro, que, parece, anda puxando um ronco, assim como o povo brasileiro.
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