Nós e eles queremos o bem do povo, o bem do país. Desprezamos quem desqualifica o outro lado
Nós e eles estamos irremediavelmente ligados por um amor
comum. O destino do país. E o país são as pessoas. Não conheci um eleitor que
deseje que o Brasil afunde nos próximos anos, que a economia naufrague e que a
roubalheira do sanatório geral continue.
Não conheci um eleitor, jovem ou idoso, de classe abc-yz,
que torça para o país sofrer – na educação, na saúde, na segurança, no
transporte, na infraestrutura, no emprego, na inflação, na produtividade, no
meio ambiente e na ética – goleadas humilhantes.
Nós e eles votamos em Dilma ou Aécio, com sonhos parecidos.
Que o Brasil vença a ignorância e o subdesenvolvimento. Que a inclusão social
não signifique nivelamento por baixo. Que o conhecimento seja valorizado e se
erradique o analfabetismo. Que o combate à desigualdade se qualifique por
oportunidade real de ascensão, e todos tenham direito a saneamento e a moradia
digna.
Nós e eles queremos o bem do povo e o bem do país. Por isso,
nós e eles repudiamos qualquer tentativa oficial de censura ou de ditadura à
esquerda ou à direita. Nós e eles achamos terrível quando um governo tenta
calar ou manietar quem revela os malfeitos. Nós e eles somos a favor da
liberdade de expressão.
Nós e eles desprezamos quem desqualifica a oposição. Nós e
eles desprezamos uma oposição irresponsável. Nós e eles nos escandalizamos
quando um governo cerceia o direito de ir e vir de oposicionistas. Nós e eles
abominamos mentiras – em fatos e números –, destinadas a manipular nosso
pensamento, a incitar irmãos ao ódio e a estimular a luta de classes que não
leva a lugar algum, nem amanhã nem nunca.
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