Enrique Flores |
Embora a população deseje mudanças, a polarização política faz com que seja difícil a oposição vencer as eleições no Brasil. Mas o país está maduro para a alternância e precisa voltar a crescer
Em outubro de 2012 fui ao Recife ver Eduardo Campos.
Depois de falar de sua atuação como governador de Pernambuco, perguntei sobre
as eleições presidenciais no Brasil. Ele preferiu falar confidencialmente.
“Fernando Henrique Cardoso ganhou um segundo mandato porque acabou com a inflação.
Lula ganhou um segundo mandato porque tirou milhões de pessoas da
pobreza”, disse.
“E Dilma, o que realizou?”. “Ela começou muitas coisas, mas
não terminou nenhuma.” Dilma Rousseffera a favorita para ganhar as
eleições, como continuou a ser durante a maior parte do tempo desde então. O
faro político aguçado de Campos soube enxergar no ponto fraco de Dilma a
oportunidade para ele, a quem a morte levou embora tragicamente em um acidente
aéreo em agosto.
Mas a pergunta – “o que Dilma realizou?” – paira sobre a
campanha eleitoral. A presidente só conseguiu oferecer uma resposta pela
metade. E, ao meu ver, é por isso que em 26 de outubro ela provavelmente vai
perder para Aécio Neves no segundo turno da eleição.
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