Vaidosos, nós nos cremos os únicos capazes de lavrar, caminhar e gravar os nossos traços de Narciso; e, quando ouvimos a voz tácita das coisas, a sufocamos rapidamente sob a imundície das nossas insensatas disputas sem valor.
Michel Serres
Mentir, engambelar, imputar aos adversários o que não
falaram, citar dados errados, esconder outros. De tudo praticar, mesmo
eticamente incorreto, vale quando se trata de garantir mais uma gestão de
permanência no governo para manter a meta de 20 anos no poder, como determina a
cartilha ditatorial do PT.
O corolário de atitudes descreve bem o caráter de uma
candidata que se diz do povo, quando na verdade é o maior exemplo de que a dominação
a qualquer meio, mesmos ilegais, é válida e deve ser incluída na agenda da
corrida eleitoral.
Nunca uma candidata ou candidato conseguiu reunir numa
campanha tantas mentiras e factoides como Dilma, que só não consegue mesmo
superar a própria arrogância de querer ser o que nunca será. Aquela que foi
estrelada pelo poder hoje se acha acima do bem e do mal, imaculada a receber
beijos como santa. Dilma trafega incólume, como vestal, em meio ao lodaçal
criado pelos próprios companheiros com um nada vi, um nada sei.
É patética a figura presidencial maquinando dados a favor,
quando tudo indica a péssima administração, e o conluio com um comissariado e
uma politicalha cretina, medíocre. Em palanques apregoa sua luta pelos pobres e
famintos, quando no trono arquiteta as maracutaias que possam favorecer
empresas muy amigas, os conglomerados bancários, os cofres partidários.
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