Só tem medo quem receia perder as regalias ou teme ver seus crimes desvendados
Qualquer eleitor com credibilidade, honesto em seu voto, renega
essas arapucas que só fazem imenso mal. Nossas eleições não destacam o valor
político, suplantado pela arrumação de profissionais da maquiagem. Se tornou um
vício, condenável, o eleitor se socorrer nas pesquisas e marquetagem para
definir-se.
Foi-se o tempo da discussão livre, leve e solta, do debate
para se concluir. Resta-nos acompanhar marionetes, quando não têm o que dizer,
manipuladas por publicitários. Uma visão aterradora para qualquer democracia
que se considere séria por mostrar que tudo não passa de uma mascarada para
apenas manter o que já está.
Uma das “armas” arquitetadas para o combate será uma falta
de preparo que o PT pretende imputar a Marina, uma cidadã formada em História,
integrante das lutas de Chico Mendes, ex-queridinha de Lula, ex-ministra e
atual senadora. Como o eleitor honesto, não corrompido pela lavagem petista,
pode alegar falta de preparo diante de tal currículo?
Evangelismo também é cotado para diminuir o potencial da candidata. Mas o que fazem tantos evangélicos, altamente participantes e captalizadores de votos fiéis, que não seja catecismo politiqueiro, e estão aí disputados a tapa pelos próprios petistas?
Qualquer eleitor que deseje sinceramente acompanhar uma
eleição, escolher seu candidato sem o excesso de maquiagem das campanhas,
precisará se livrar desses chavões surrados que marcam as últimas eleições.
E principalmente deve rejeitar o medo, esse fantasma que
usam como se assustassem criancinhas, e o eleitor assim se deixa levar como um
cidadão infantil. O uso do medo é mais um jeito fascista de dirigir as
eleições, que se tem que rejeitar com veemência. Nenhum cidadão pode ter medo
de votar em quem acha o mais preparado. Se apropriar do medo como ingrediente
para afugentar eleitores de um determinado candidato, é uma das maiores
cafajestadas seja contra quem for.
Está no direito do eleitor errar ou acertar. Como nos
últimos 12 anos quando por duas vezes errou feio, e sem medo. E está pagando
caro por dar com os burros n’água. Mas vai aprender um dia sem precisar ser um
medroso incapaz como querem os marqueteiros do continuísmo.
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