quarta-feira, 20 de agosto de 2014

É preciso matar o medo


Só tem medo quem receia perder as regalias ou teme ver seus crimes desvendados
 As últimas pesquisas fazem prever que os marqueteiros vão recomendar o discurso do medo e a utilização de chavões como falta de preparo e um risco Brasil para conter a qualquer custo o fortalecimento de Marina Silva na corrida eleitoral, após a morte de Eduardo Campos. Esse surrado discurso, que enche bolsos criminosos com dinheiro público, precisa ser rejeitado para que se estabeleça uma discussão política sem penduricalhos fabricados em estúdios.  

Qualquer eleitor com credibilidade, honesto em seu voto, renega essas arapucas que só fazem imenso mal. Nossas eleições não destacam o valor político, suplantado pela arrumação de profissionais da maquiagem. Se tornou um vício, condenável, o eleitor se socorrer nas pesquisas e marquetagem para definir-se.

Foi-se o tempo da discussão livre, leve e solta, do debate para se concluir. Resta-nos acompanhar marionetes, quando não têm o que dizer, manipuladas por publicitários. Uma visão aterradora para qualquer democracia que se considere séria por mostrar que tudo não passa de uma mascarada para apenas manter o que já está.   

Uma das “armas” arquitetadas para o combate será uma falta de preparo que o PT pretende imputar a Marina, uma cidadã formada em História, integrante das lutas de Chico Mendes, ex-queridinha de Lula, ex-ministra e atual senadora. Como o eleitor honesto, não corrompido pela lavagem petista, pode alegar falta de preparo diante de tal currículo?

Evangelismo também é cotado para diminuir o potencial da candidata. Mas o que fazem tantos evangélicos, altamente participantes e captalizadores de votos fiéis, que não seja catecismo politiqueiro, e estão aí disputados a tapa pelos próprios petistas?

Qualquer eleitor que deseje sinceramente acompanhar uma eleição, escolher seu candidato sem o excesso de maquiagem das campanhas, precisará se livrar desses chavões surrados que marcam as últimas eleições.

E principalmente deve rejeitar o medo, esse fantasma que usam como se assustassem criancinhas, e o eleitor assim se deixa levar como um cidadão infantil. O uso do medo é mais um jeito fascista de dirigir as eleições, que se tem que rejeitar com veemência. Nenhum cidadão pode ter medo de votar em quem acha o mais preparado. Se apropriar do medo como ingrediente para afugentar eleitores de um determinado candidato, é uma das maiores cafajestadas seja contra quem for.

Está no direito do eleitor errar ou acertar. Como nos últimos 12 anos quando por duas vezes errou feio, e sem medo. E está pagando caro por dar com os burros n’água. Mas vai aprender um dia sem precisar ser um medroso incapaz como querem os marqueteiros do continuísmo. 

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