Aos poucos, voltamos a tirar a
máscara. A Copa vai-se esfumaçando e deixa a reluzir novamente nossa cretinice.
Os focos da mídia já não são tantos para jogadores e torcida e assim afloram
aqui e ali esses sinais de sem-vergonhice padrão Brasil. Ainda pequenos em
espaço, mas sem dúvida bem significativos dessa cultura sempre babosa pelo
poder.
O governo solta foguetório para
um país livre de mazelas, que é só festa, onde tudo funciona bem e cretinos são
os que querem lembrar que a realidade do desprezo com a população não muda.
Faltam remédios, inclusive para tuberculose, com graves riscos para os doentes.
Mas que problema tão reles para uma presidente que inaugura casa por
videoconferência, a R$ 2 milhões pela publicidade e mais R$ 1 milhão para
espalhar sete ministros em aviões da FAB para os locais de inauguração?
A mesma ladainha não voltou,
apenas esteve em pausa com as doses cavalares de um futebol a trocar as pernas
em campo. Se faltou mais garra no gramado, a “segurança” esbanjou e até se
esmerou internamente no ataque contra “revoltados” sentindo o peso do cassetete
– ah, os velhos tempos de volta! Nem faltou uma agressão desmedida a jovem
universitária no metrô, que de vítima virou ré. “Parece que vivemos em um
estado de exceção”, declarou a estudante “Joana”, sem nome para não ser
identificada. Voltamos ao tempo do codinome para não sofrer com o tacão das
botas?
O país é o mesmo de sempre, apesar
da cantoria de que mudou para melhor, porque “eles” assim quiseram e fizeram.
Pois sim! Aos poucos tudo retoma à normalidade no quartel de Abrantes. Os
políticos presos e condenados já não são tão perigosos à sociedade e bem podem
desfrutar das regalias que o poder oferece. Como reocupar cargos, trabalhar
(sic), serem cidadãos honestos e cumpridores da lei, mesmo que seja com o
requinte de carro de luxo com chofer para levá-los ao trabalho (?), onde
continuarão a comandar, mandar e desmandar, sobre a sujeira política de sempre
para infelicidade geral da nação. Como assim já fizeram bem protegidos pelas
grades do xadrez de onde comandaram mexidas políticas no melhor estilo dos chefões
do tráfico.
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