sexta-feira, 27 de junho de 2014

Quem diria, hein?

Alerta para as muitas festas saudando a maquiagem de um grito de guerra que assolou o país e engessou a cidadania

     Há um vozerio pelas redes sociais bem interessante para o momento político do Brasil e, quem diria, promovido pelas fontes petistas, que sempre deram as caras como esquerdistas. Bastou uma empresária destacar o progresso do país nos últimos anos sob a gestão petista, com índices sempre de leves pinceladas dos marqueteiros, para se ouvir muitos vivas. E surpreendentemente quando anunciou a mesma que os “envergonhados” deveriam se mudar, aí muita gente aplaudiu de pé na plateia.
    Talvez seja o esquecimento que sempre circula nos ares brasileiros que gerou tanta festa. Os petistas sentiram–se mais patriotas do que todo mundo depois das declarações da empresária que até nem notaram a proposta embutida nas declarações. A empresária, curiosamente, ressuscitou o Ame-o ou Deixe-o dos tempos ditatoriais sem que um petista se levantasse contra. O que está acontecendo no país que a retomada de velhos gritos de guerra da repressão sejam retocados pelo PT sem receber um gesto de repúdio?
     O país, neste ano eleitoral, se tornou uma arena de vale-tudo. Inclusive como está fazendo o PT acenando até bandeiras que tanto defendeu no passado, esquecidas pela necessidade de manter o poder.  E fazendo retornar o passado acaba por ressuscitar os lemas da ditadura, até porque mesmo alguns de seus programas têm raízes bem lá atrás. E como qualquer coisa está servindo para garantir o continuísmo de um partido que quer se manter no Planalto por 20 anos, coincidentemente o tempo ditatorial, até vale um Ame-o ou Deixe-o com outras cores e em outras alegorias. Falta gritarem pra frente Brasil, pois não admitem em nenhum momento que o progresso de um país só se revigora com a renovação de ares. Se continuar sem aeração, o ar poluído faz estagnar qualquer democracia, ou desejo dela. Acaba um estado bolivariano de bananas podres sob o comando de títeres inqualificáveis.     

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