O Brasil, em propagandas governamentais, faz parecer que é o
paraíso na Terra. Ledo engano. Os governos têm pouco dado atenção a problemas
sociais urgentes segundo se vê dos dados. Se a infecção hospitalar
mata 100 mil pessoas, em média, no Brasil por ano, o programa
Mais Médicos, menina dos olhos petistas na saúde, não passa de mais um engodo,
porque não adianta se encher de médicos se não há condições de tratamento aos
doentes mais necessitados. A saúde continua a ser uma caixa-preta, intocável,
só exibida durante as campanhas para angariar votos.
Outro setor que não merece nenhum olhar é o trânsito, cada
vez mais caótico e assassino. Nos conflitos do Vietnã, durante 20 anos, morreram
58.193 soldados norte-americanos. No Brasil, o trânsito matará este ano 50.241 pessoas
levando-se em conta o crescimento da taxa em 4% ao ano. As estatísticas mostram
que o trânsito brasileiro é 90% mais perigoso do que nos Estados Unidos. Não há
efetiva campanha nem sequer medidas judiciais severas que façam reduzir essas
taxas.
E a violência que descambada cada vez mais para níveis
alarmantes não fica atrás em
dados. Um em cada dez homicídios mundiais registrados em 2012
aconteceu no Brasil, segundo relatório do Escritório das Nações Unidas sobre
Drogas e Crime. De acordo com o Estudo Global sobre o Homicídio 2013, que traz
dados relativos ao ano de 2012, o Brasil teve 50.108 homicídios, o que
representa a pouco mais de 11% de todos os 437 mil assassinatos cometidos no
mundo.
Na Copa das Copas, o Brasil leva com vantagem o caneco de
campeão dos piores em três estilos: saúde, trânsito e violência. De quebra
ainda ganha mais outras medalhas nos demais setores sociais como o pior do
mundo.
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