Até 31 de julho, experimentaremos um pouco da ansiada segurança institucional, as coisas podem fluir melhor para todos os brasileiros de bem, porque o recesso impede que o Supremo continue a voltar a ser Supremo, na visão distorcida e sinistra do ministro Gilmar Mendes.
Não há explicação analítica para essa postura bipolar, mas as coisas ficam mais claras quando se pesquisa qual são os verdadeiros objetivos do surpreendente ministro. Na verdade, ele não pretende implantar o caos nem a insegurança jurídica.
Gilmar Mendes pretende apenas abrir caminho para garantir a impunidade de seu amigo Michel Temer, que, em condições normais de temperatura e pressão, não tem a menor condição de escapar da cadeia. Ao mesmo templo, o ministro busca preservar também seus correligionários do PSDB, que estão sob a mesma ameaça de Temer, como os senadores Aécio Neves, José Serra e Aloysio Nunes.
Enquanto a Lava Jato prendia parlamentares do PT, do PP e outros partidos, Gilmar Mendes defendia a prisão após segunda instância. Somente quando os ventos mudaram e os tucanos e peemedebistas caíram na rede é que o ministro do Supremo mudou de idéia.
Diante desse fato concreto, Freud, Lacan, Jung e Pinel nem precisam analisar nada. O comportamento bipolar de Gilmar Mendes está explicando. Todos os seus atos visam a preservar Temer, os cúmplices dele no agora MDB e os tucanos que começam a ser abatidos em vôo. Pra mantê-los em liberdade, o ministro/sinistro tem de libertar os outros, inclusive Lula, para exibir sua versão de analogia jurídica. Apenas isso.
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