Nessa tarefa têm colaborado segmentos da imprensa, da sociedade e das mídias sociais, que dão volume a um esquema de propagação de suspeitas às vezes criadas, mas também de fatos reais, que têm operado a revelação e a demolição de prósperas quadrilhas justamente alcançadas. As investigações empreendidas pela Polícia Federal, base dos processos dos quais se serve o Ministério Público para suas denúncias, ganharam o apoio de tecnologias que lhe permitem rebuscar a vida dos investigados desde seu batismo; não fosse a exposição midiática do processamento dessas investigações, estas seriam perfeitas. Show à parte, a PF é a ponta célere do conjunto da ópera, abreviando os resultados que se pretendem.
Em recente palestra feita pelo polêmico ministro Gilmar Mendes em Recife, no Grupo de Líderes Empresariais, esse realçou sua preocupação, como membro do STF, com a postura de membros do Ministério Público e da magistratura, levantando duras críticas à falta de objetividade na identificação do que deveria ser investigado.
Longe a pretensão de se nivelar com a mesma régua, a do ministro Gilmar Mendes, especialmente, tudo que se produziu nos últimos anos em termos da histórica responsabilização criminal de elevado número de gestores públicos, diretores de empresas estatais, políticos com mandatos no Legislativo e no Executivo – a Lava Jato é uma de nossas mais significativas conquistas históricas –, o país precisa encontrar uma saída para voltar ao desenvolvimento, à produção, ao emprego.
Estamos falidos, gravitando unicamente em torno dessa operação, que se deve avançar sem limites em seus resultados, não pode se transformar em nossa única esperança. Somos mais. O Brasil não pode esperar o fim da Lava Jato para empreender sua tão necessária agenda de reformas.
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