Por um momento, esqueçam o momento vivido – quase vinte anos de socialismo no lombo – e releiam o artigo, agora imaginando uma visão futura e trocando o socialismo batedor de carteira pelo jihadismo neo-evangélico dos fast foods da fé. O que lhes parece? Vou guardar este texto com muito carinho, para saboreá-lo de novo daqui a vinte anos. Até lá acredito que terá passado o novo reinado que tenta se instaurar por aqui. O reinado do dinheiro vivo. Da campanha bancada em espécie.
Não há no horizonte qualquer suspiro dessa maturidade demandada pela nobre articulista. Pelo contrário. O que vejo – e poucos estão vendo – é uma desfaçatez ainda maior liderando as pesquisas de opinião, inaugurando um período ainda mais nefasto de crendices e pilantragens regadas a fartas doses de dinheiro público novamente desviados para finalidades estranhas.
Sabem o que é incrível? Ainda com o “copo de prástico” onde meteram o espumante que abriram para comemorar o enterro da morta-viva do Planalto, ninguém está levando a serio a ameaça que paira em nossa frente, bem diante dos nossos olhos mal abertos. Aqui estou eu de novo, margem de erro de novo absolutismo, tentando convencer a maioria das pessoas do óbvio ululante. O que aparece aí na frente tem chifres, é vermelho, cheira a enxofre mas não tem uma estrelinha na cueca. Este é diferente. Este tem uma pombinha dentro.
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