Natal, a capital do Rio Grande do Norte, está vivendo sob o signo do terror, imposto pelo crime organizado. Ônibus são incendiados. Delegacias de Polícia estão sendo atacadas. A pedido do governador, Robinson Faria (PSD), o governo federal mandou à cidade homens da Força Nacional de Segurança.
Na prática, já cuidava de sua campanha à Presidência da República.
Enquanto a população de Natal vive sob o signo do terror, Lula disse estar numa boa. Afirmou: “Eu estou aqui tranquilo. Se eles pensam que vão acabar com Lula, estão enganados”.
Que coisa!
Não parou por aí. Atacou Robinson Faria e seu filho, o deputado Fábio Faria, também do PSD, que votou em favor do envio da denúncia contra Dilma para o Senado. Disse: “O dia em que ele votou contra Dilma, eu tentei ligar para ele, ele não atendia. Eu pedi para o [Fernando] Mineiro ir no gabinete dele, ele não me atendeu. Eu queria falar com o filho dele, não me atendeu”.
Eis Lula!
A violência nas regiões Norte e Nordeste teve um crescimento brutal nos anos em que o PT esteve à frente do governo federal. O fato desafia o saber convencional das esquerdas, não é? Afinal, o Nordeste cresceu a taxas superiores ao resto do país.
O lulo-petismo ignorou solenemente o fato. Não se pensou uma única ação específica para entender e combater o fenômeno. Ao contrário: a companheirada preferia atacar a política de segurança pública de São Paulo, Estado governado pelos tucanos.
Que importa a Lula e ao PT o sofrimento objetivo da população quando algo muito mais importante está em pauta, que é a sua própria sorte e a do partido?
É por isso que, com exemplar desfaçatez, esse senhor escolhe discursar numa cidade que vive, na prática, sob o toque de recolher da bandidagem, submetida a ações que podem ser consideradas, sem favor, verdadeiramente terroristas.
Lula preferiu ignorar a onda de violência que atinge Natal e, na prática, se juntou ao crime organizado para atacar o governador.
Eis a moral profunda de Luiz Inácio Lula da Silva.
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