Nessa semana convivemos com a perplexidade do STF e da PGR pelo vazamento de trechos de delações premiadas e até dos pedidos de prisão de nomes até então de prestígio no poder de Brasília: Sarney, Collor, Renan, Jucá e Eduardo Cunha já se acham com as medidas tiradas para receber aquele uniforme listrado da penitenciária. Na verdade, a família Eduardo Cunha, em ala especial para mulher e filha, aquelas que gastaram a bagatela de U$ 1 milhão comprando sapatos e bolsas na Europa, quantia retirada de uma conta na Suíça que não é dele; é do Tesouro Nacional, é do povo brasileiro.
Fora dessa mixórdia, o povo sacode nas ruas apelos de “fora, Temer”, “Eleições já”. Na mitologia grega se destaca a figura da Hidra de Lerna, monstro com corpo de Dragão e três cabeças de serpente; quando atacada em uma de suas cabeças, dela surgiam outras duas, com igual poder letal, que a fazia vitoriosa diante de seus combatentes. Custou a Héracles (o Hércules da mitologia romana) duas batalhas para conseguir matá-la. De Brasília, hoje, se poderia dizer o mesmo. Lá vive Hidra de Lerna, com suas infindáveis cabeças. Saiu Dilma, entrou Temer. Saiu Cunha, veio Maranhão. Espera-se para os próximos dias que, da lavra do ministro Teori Zavascki, surjam novidades em relação a algumas cabeças; não teremos resolvidos nossos problemas, mas o Brasil amanhecerá melhor. Bater por novas eleições, hoje, sem o êxito de Héracles, o risco ‘ser-nos-á’ o império da Hidra. Infelizmente, faltam-nos nomes de boas cabeças, confiáveis e de bons compromissos.
Faltam-nos estadistas, não bandidos com prontuário policial.
Faltam-nos estadistas, não bandidos com prontuário policial.
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