Já anunciado, o “grande salto para o futuro”, engendrado pelo PMDB, prevê iniciativas capazes de ampliar os espaços do capital, ao tempo em que reduzirá as garantias do trabalho. A negociação direta entre patrões e empregados substituirá parte das leis trabalhistas.
Fica difícil imaginar como reagirá o Congresso, apesar de a maioria dos votos pelo impeachment de Dilma deixar deputados e senadores de saia justa quando se tratar da manutenção dos postulados de defesa dos assalariados. Imagina-se que logo os partidos ditos de esquerda se unirão ao PT, reforçados pelos movimentos sindicais e populares.
O primeiro teste virá com as eleições municipais de outubro, em especial nas grandes capitais, situação capaz de levar o novo governo de Temer à defensiva. De seu lado já tentam compensar essa óbvia virada à direita com exortações pela preservação dos avanços à esquerda praticados nos dois governo do Lula. Só que a onda gerada pelo enfraquecimento e a queda de Dilma produzirá efeitos ainda por algum tempo. Posto em frangalhos, o PT necessitará de muito oxigênio para a recuperação.
Em suma, haverá que tentar olhar além do horizonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário