Só quando cheguei, aos 9 anos, ao internato do Instituto Padre Machado, foi que as coisas começaram a ser mais bem entendidas. Hoje, sei que não vou para o inferno, já que ele pode ser aqui mesmo, e também sei que não mereço o céu – não sou nenhuma Madre Teresa de Calcutá, reconheço. Devo ficar nesse “entremeio”, como a maioria de nós que sabe simplesmente que “pra quem é bacalhau basta”, né?
E o que tem a ver tudo isso, que pode ser fruto de um momento saudosista, com qualquer assunto compatível com a importância deste espaço? Talvez nada, talvez tudo. Os acontecimentos e fatos que tenho comentado nesta coluna não são capazes de deixar qualquer pessoa, de qualquer “status”, temerosa com a situação nacional, como se tivesse embarcado em um avião pilotado por um comandante que ficasse cego durante o voo?
Túnel do tempo: Charge dos anos 1980 |
Pois é, eleição é como um voo cego... E agora? Importa saber se a cegueira do piloto aconteceu antes ou depois da decolagem? Nós todos estamos neste avião chamado Brasil. O custo de vida está pela hora da morte, os governos “microcefálicos” ameaçando parcelar, atrasar ou não pagar vencimentos a quem os tenha. Enquanto vacas estranham bezerros, a OAB faz acordo com a CNBB para fiscalizar ladrões de eleições. Mas CNBB? É... O Estado não é laico? Dizem que é... Mas, no Brasil de hoje, o que é redondo também pode ser quadrado, e tudo ao mesmo tempo... O que terá acontecido para, de um dia para o outro, a situação do país-maravilha ter virado esta droga que aí está? Qualquer laboratório faria a análise desse material malcheiroso: idiotas posando de líderes e picaretas legislando em troca de milionárias prestações.
Nosso Estado é composto de 853 municípios, dos quais não mais que 180 têm ou poderão ter vida própria. Os outros 673 vivem ou sobrevivem do FPM – Fundo de Participação dos Municípios –, que é formado da soma do Imposto de Renda e proventos de qualquer natureza com o Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI, menos incentivos fiscais: Fundo de Investimento da Amazônia – Finam, Fundo de Investimento do Nordeste – Finor, Fundo de Recuperação do Espírito Santo – Funres, incentivos setoriais praticados por isenções do IPI, como, por exemplo, a isenção para a indústria automobilística, que fez verdadeiro rombo no FPM e foi um dos motivos da quebradeira de Estados e municípios.
Sim, mas isso foi feito assim, pros cocos? Foi e não foi... O consumismo desenfreado iludiu o povo, e o governo venceu as eleições. Sei... e o povo? Uai, o povo sifu, é claro...
Nenhum comentário:
Postar um comentário