Difícil aceitarmos que o Brasil terá que arranjar dinheiro para pagar o déficit anunciado, o rombo da Previdência que se arrasta há mais de 40 anos e nunca é enfrentado, seja por causa da inércia dos governos, do ativismo de um sindicalismo que nasceu retrógrado e irrecuperável, da vontade de sempre ganhar sem produzir e da corrupção, que é o que lhe desviam e roubam e um misto de tudo isso que dissemos. Administrar mal e sem zelo a coisa pública é crime e como tal deveria ser julgado e punido.
Vamos encarar um mundo em recessão, especialmente a China, nosso importante parceiro nas commodities agrícolas. Felizmente. Nossa indústria está atrasada 20 anos, pela sua vergonhosa produtividade. Equivocadamente, preferimos as medidas de proteção ao investimento na nossa modernização industrial e a realidade que temos é essa, a de uma indústria totalmente superada e improdutiva, que nem o câmbio manipulado ajudou. Na pauta de exportações, ainda nos restam a soja, a carne, o frango, a fruticultura, que deveriam urgentemente receber os incentivos necessários à sua afirmação econômica.
O investimento no agronegócio é a única saída mais à mão que o Brasil tem. Integrando a sua cadeia produtiva e os seus reflexos no emprego, na redução da migração interna, na interiorização do desenvolvimento econômico e social, na geração de riqueza, na possibilidade de agregação de valor, o agronegócio será nossa tábua de salvação nesse mar de tormentas.
É pouco? É o que temos. Mais do que isso melhor seria ainda soltarmos o japonês na sua Veraneio preta e dourada para mais uma dúzia de visitas ao Paraná, devidamente mal-acompanhado.
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