Se ainda restava alguma dúvida, não existe mais nenhuma. O governo, quem sabe com as rezas fortes do coroinha Gilberto Carvalho, talvez até entre com um pedido no Vaticano para a canonização inédita de um santo em vida.
Com a peculiar distorção petista e governamental, Dilma, o chefe da Casa Civil, Jacques Wagner, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, foram unânimes e ligeiríssimos em sair na defesa incondicional do ex-presidente. Os três não se deram conta de que servem para defender o brasileiro e não um único brasileiro.
Lula já é bem grandinho e hoje, graças ao sacrifício do povo brasileiro, possui dinheiro suficiente para pagar a defesa própria e de familiares. Não precisa que o governo também se vire em blindagem a qualquer investigação ou condenação ao Grande Honesto. Que a presidente se dedique a assuntos sérios como defender o brasileiro dela própria.
Afinal cadê a justiça pública de Dilma com os outros brasileiros? Foi ligeria em defender os sobreviventes de Mariana? Ou os miseráveis presidiários em Barreinhas? Como a mãe dos pobres socorreu imediatamente as grávidas ameaçadas de ter filhos com microcefalia? Combateu efetivamente o Aedes para não causar mais sofrimento?
A lista é grande de defesas do brasileiro que deveriam ser tomadas pór Dilma, mas que se negou a fazer esse trabalho como presidente e brasileira. Preferiu se calar e os problemas morreram nas páginas da mídia. E agora basta uma operação policial colocar em risco a honestidade de Lula para a presidente sair do trono em defesa do seu criador.
Fede longe esse gesto indefensável. O mesmo acontece em ditaduras consolidadas. Alguém se atreveria a condenar Kim Il-sung, o Grande Líder, avô de Kin Jon-Un, o Grande Sucessor? Morreram todos os que criticaram Papa Doc, no Haiti, durante o reinado de terror, de Baby Doc.
Vamos decretar aqui que ex-governantes petistas e alidados, ou meros comparsas, são imunes à Justiça? Se estamos num Estado de Direito, como tanto defende Dilma, por que usar o cargo para defender apenas o incólume honestildo?
Será que os não defendidos por Dilma são desonestos ou não brasileiros? Certo é que são honestos com maiúscula, o que não se pode dizer de seus governantes com tais atitudes.
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