quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Luiz Sérgio prepara golpe de estado na Lava Jato e será nesta quinta-feira

Neste link, preparado pelo Ministério Público Federal, você a operação Lava Jato em números: http://lavajato.mpf.mp.br/atuacao-na-1a-instancia/resultados/a-lava-jato-em-numeros

É óbvio que uma produtividade dessas não seria exposta sem levar sobras de quem é honesto apenas da boca para fora.

“Nos depoimentos dos delatores da Operação Lava Jato, não há menção sobre o envolvimento dos ex-presidentes da Petrobras José Sergio Gabrielli e Graça Foster ou de ex-conselheiros da estatal como a presidente Dilma Rousseff. Também não há nos autos desta CPI qualquer evidência neste sentido ou ainda em relação ao ex-presidente Lula ou à presidente Dilma”.

A frase é do relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ).


Normal: seria estranho se ele acusasse o PT. Como nota o filosósofo Daniel Dennett, antes de julgar alguém, pergunte-se: “Cui bono?”. Traduzindo: quem lucra com isso?

Normal que clérigos profissionais, sejam crentes ou católicos, defendam deus: afinal ganham dinheiro com a crença no improvável.

Normal que blogueiros “soit disant” progressistas defendam cegamente quem lhes paga (em geral o governo federal), como mostramos aqui em números: https://br.noticias.yahoo.com/blogs/claudio-tognolli/como-ganhar-muito-dinheiro-publico-fabricando-125929067.html

Voltando: normal que o relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ) tente livrar a cara do partido que lhe dá sustento.

O anormal é outra coisa:

O relatório final da CPI da Petrobras, que deve ser votado pelos integrantes da comissão nesta quinta-feira, tem como uma de suas principais sugestões mudanças na lei da delação premiada. De acordo com o relatório, a proposta precisa ser alterada para impedir a homologação de delação feita por réu que esteja preso.

Entenderam a parada?

Você, em sã consciência, acredita que tubarões,a ganhar a vida alimentando propinodutos, fariam delação premiada caso estivessem soltos?

Claro que não.

Hugo Black, juiz da Suprema Corte dos EUA, notava que a “plea bargaining” (delação premiada) só funciona com desvantagem ao delator. Talleyrand-Périgord, ministro das relações exteriores de Napoleão, gostava de dizer que “traição é uma questão de datas”. Bem: era Napoleão que mandava fuzilar delatores referindo que deles só se aproveita a delação…

Tommaso Buscetta só dedurou a mafia depois de preso. Carlos Lehder Rivas, fundador do Cartel de Cali, só denunciou Pablo Escobar e o general Noriega depois de preso.

É uma parada em que passarinho só canta na gaiola. É outra fita.

O relator da CPI da Petrobras, Luiz Sérgio (PT-RJ) sabe que se essa CPI impedir que réu preso faça delação premiada, os petroleiros estarão a salvo, Sergio Moro estará frito: e a operação Lava Jato
arruinada…

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