segunda-feira, 6 de abril de 2015

É preciso tirar as pessoas da miséria sem se aproveitar delas


Aqueles que dizem defender as camadas mais necessitadas da sociedade agora falam em ódio social. É a forma de se defenderem dos equívocos que cometeram na busca de ajudar os irmãos, fizeram tudo só para si e fugiram de suas reais responsabilidades.

Primeiro, eram contra os governos que “distribuíam esmolas”. Lula até denunciou isto. Quando chegaram ao poder, porém, não apenas mantiveram a prática que maldiziam, mas aumentaram as “esmolas” e não deram seguimento a segunda etapa que também cobravam dos outros: a reciprocidade. Diziam que era necessário oportunizar a melhoria cultural e intelectual dos carentes como única maneira destas camadas se livrarem das esmolas. Mas quantas famílias foram recuperadas? Basta pegar o cadastro atual e compará-lo com as relações dos últimos 15 anos.

Para o PT, os pobres servem de escada para o poder. Alimentar os carentes e mantê-los vivos é a tarefa de primeira necessidade, para ambos os atores: os beneficiados com o “bolsa” e os beneficiados com os votos.

O discurso do ódio quem fomentou e fez crescente foi o próprio PT. Afinal, o que os petistas querem? Mais Petrobras? Mais BNDES? Mais urnas eletrônicas inconfiáveis? Mais vagas no Judiciário?

É preciso que os petistas façam um exame de consciência e assumam sua parte na corrupção que aí está. Há quem não tenha participado? Claro que sim, até acredito. Mas todos ajudaram a construir a máquina que se apoderou do Estado brasileiro para fundir a corrupção à estrutura pública e tudo o mais. Esta é a realidade.

Hoje, não basta tirar Dilma Rousseff. É muito pouco. Quem assumir terá de se comprometer com uma devassa no setor público nacional. E o mesmo deverá ser feito nos estados e municípios. É o que se espera.

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