quarta-feira, 8 de fevereiro de 2023

Os Bolsonaro, uma família do barulho e do malquerer

“A pátria é a família amplificada. E a família, divinamente constituída, tem por elementos orgânicos a honra, a disciplina, a fidelidade, a benquerença, o sacrifício”, escreveu Ruy Barbosa, jurista, político, diplomata, tradutor, orador e um dos intelectuais mais reverenciados do seu tempo.

Se é como disse Ruy, dá para entender porque a família Bolsonaro fez do Brasil ao seu tempo a pátria da desonra, da indisciplina, da infidelidade, do malquerer e dos sacrifícios inúteis. Obrigada pelo marido, Michelle anunciou que não tem a menor pretensão de candidatar-se à sucessão de Lula em 2026.


Carlos Bolsonaro, o Zero Dois, filho de Rogéria, a primeira mulher do pai dele, a quem derrotou ao se candidatar a vereador no Rio, amou o anúncio feito por Michelle, a quem detesta. A recíproca é verdadeira. Por sua vez, Michelle celebrou discretamente a perda por Ana Cristina Valle da nacionalidade brasileira.

Ex-administradora do esquema da rachadinha nos gabinetes de Carlos e de Flávio, o Zero Um, Ana Cristina foi a segunda mulher de Bolsonaro. É mãe de Jair Renan, o Zero Quatro. Com Michelle, Bolsonaro teve uma filha, Laura. Ao separar-se de Bolsonaro, Ana Cristina casou-se com um norueguês e foi morar na Noruega.

Separou-se depois, voltou ao Brasil, e veio morar em Brasília com Jair Renan, o que deixou Michelle possessa de raiva, e Bolsonaro bastante incomodado. Aqui, comprou uma mansão no Lago Sul sem ter dinheiro para isso e começou a ser investigada pela Polícia Federal. Michelle ficou satisfeita com a notícia.

Candidata a deputada distrital, Ana Cristina não se elegeu, para alegria de Bolsonaro, que temia ser alvo de chantagem. Se um dia Ana Cristina abrisse o bico e contasse o que sabe…, mas Ana Cristina decidiu se mandar para a Noruega outra vez. E por ter adquirido a nacionalidade norueguesa, perdeu a brasileira.

A perda foi publicada, esta semana, no Diário Oficial da União. O processo foi aberto à época em que Bolsonaro era presidente e Anderson Torres, hoje preso, ministro da Justiça. Ana Cristina ainda não disse o que fará. Jair Renan, sempre afastado do pai, também não. Bolsonaro dirá que nada teve a ver com nada.

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