Ele ganhou de lavada do candidato de Rodrigo Maia, prometendo ser “o presidente da Câmara”, “o presidente dos deputados”. Durante a campanha, iniciada dois, três anos atrás, fez questão de olhar nos olhos de cada um dos colegas e se vender como “homem de palavra”.
Tentando se contrapor a Maia, seu principal adversário político em Brasília, disse inúmeras vezes que não teria “preconceito” com pauta alguma e “tudo será decidido com o colégio de líderes” — era uma forma de fugir dos questionamentos sobre se colocaria para votar, por exemplo, o projeto do fim dos supersalários e a da prisão em segunda instância.
No topo da Câmara, onde sempre quis chegar, Lira, de cara, tirou os jornalistas de perto do plenário para instalar ali um novo e amplo gabinete para si, voltado para o gramado em frente ao Congresso e longe do batalhão de repórteres.
Agora, após posar de sereno na condução do caso Daniel Silveira, tenta enfiar goela abaixo da sociedade, com o apoio da maior parte dos líderes partidários, uma PEC que, se aprovada, como noticiamos, ampliará como nunca a imunidade parlamentar.
Veja só: Lira não somente começou seu mandato ignorando a PEC do fim do foro privilegiado, que está prontíssima para ser levada ao plenário, como inventou um projeto a toque de caixa — sem análise em comissão — que pode ampliar e fortalecer o foro privilegiado.
Senhoras e senhores, eis Arthur Lira, o candidato de Jair Bolsonaro. É só o começo.
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