Há quem acredite que são seus filhos, os três zeros. Não acredito nisso. BolsoNero é raso e muito pouco informado, mas não é completamente burro e com toda certeza já percebeu que seus filhos só lhe armam problemas, e problemas cada vez mais graves.
A crise com a China, que por pouco não se transformou num caso diplomático que poderia arrasar com o Brasil, foi criada por um dos zeros, aquele que só tem um foco: a embaixada brasileira em Washington DC. Os outros dois zeros vivem ou se esquivando da força da Lei ou exercendo a mais agradável das atividades: um emprego público, com um bom salário, mas sem presença e sem o suor de seu rosto... Se nós, público, já percebemos que seus filhos são seu enguiço, não acredito que o BolsoNero ainda não tenha sentido o tranco.
A foto do BolsoNero numa padaria na Asa Norte de Brasília, abraçado a um freguês do estabelecimento, é de arrepiar! Será que ele não teme chegar em casa e infectar sua mulher, sua filha e sua enteada? Ou o motorista de seu carro? Será que os brasileiros puseram no Palácio do Planalto um cara sem alma?
Não acreditar que o isolamento social é a única forma que o mundo tem de vencer essa pandemia é a mais inacreditável estupidez. Será que ele, ou algum dos zeros, não lê jornais estrangeiros? Não souberam que os países que não exerceram a quarentena, logo depois dessa péssima ideia, arrependeram-se amargamente? Não leram ou ouviram, por exemplo, o angustiado pedido de desculpas do prefeito de Milão? Não sofreram ao saber do número de mortos na Itália? Não doeu ver um dos mais belos países do mundo destroçado por tantas mortes, a ponto de serem proibidas as cerimônias de adeus tão caras ao espírito italiano?
Vou dar ao BolsoNero o benefício da dúvida. Vai ver só dói nele o que vem das terras de Trump. Pode ser. Afinal, são almas gêmeas. Cada um de nós tem seus afetos, não é? Chorei ao ver o papa Francisco rezando uma missa sozinho, absolutamente só, na imensidão da Praça de São Pedro. Vai ver BolsoNero chorou ao ver o Times Square vazio. Pode ser. É triste mesmo ver aquele grande e rico espaço vazio. Mas a comparação com Trump parou aí: Trump sentiu o murro que a pandemia lhe deu e vem pedindo ao povo americano que não desrespeite a quarentena.
É evidente que a economia mundial vai sofrer com essa doença maligna. Mas nós sabemos como o Homem é capaz de se reerguer. Em 1960, quinze anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, fui à Europa pela primeira vez Vi países com economias pujantes, um comércio riquíssimo e cidades absolutamente deslumbrantes.
A Europa teve a ajuda do Plano Marshall, é verdade. E nós, se os zeros pararem de brigar com o mundo todo e ignorarem o indigitado Olavo de Carvalho, também saberemos recuperar nossas forças e recriar nosso Brasil. Talvez mais forte e mais organizado. Se formos pacientes e só abandonarmos a quarentena quando o vírus já estiver dominado. Temos que ser pacientes, controlados e principalmente, saber votar nas próximas eleições. Com a mão bem lavada e desinfetada com álcool gel. Sem esquecer de pedir ajuda a Deus!
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