"Os índios que vi até agora são ótimas pessoas, de uma linda cor acastanhada, com cabelos lindos e finos. Suas peles são secas e limpas, eles transpiram muito pouco. No fim das contas, acredito que eles são mais bem-apessoados que os negros e os brancos", escreveu o futuro filósofo. Adão no Éden, ele chegou a flertar com uma nativa: "Ah, Jesuína, Jesuína, minha rainha da floresta, minha flor do trópico, por que não pude fazer-me a vós inteligível?".
Lembrei de William James ao saber que a Amazônia está desbancando o Rio, as Cataratas do Iguaçu e as praias do Nordeste (estas agora tomadas por manchas de óleo) como destino preferido dos estrangeiros. Um tipo de visitante interessado na "porra da árvore" (copyright Jair Messias) e que viaja estimulado pelo slogan "venha, antes que acabe".
No mais, as notícias do setor não são boas. É o que uma reportagem da revista Piauí classifica de "efeito Bolsonaro" (como se a bagunça interna não bastasse). Os turistas, sobretudo estudantes europeus, estão fugindo do país, incomodados com a não preservação do meio ambiente.
Com tantos e tão prestimosos embaixadores do turismo - o cantor Amado Batista, o pintor Romero Britto, o lutador de jiu-jitsu Renzo Gracie (que chamou Emmanuel Macron, o presidente francês, de "franga"), o apresentador Ratinho e o ex-craque Ronaldinho Gaúcho (que teve o passaporte apreendido por crime ambiental) -, além de um ministro submergido no laranjal, como isso foi acontecer?
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