Iriam ocupar o Planalto, demitir os ministros? Afastar os governadores e prefeitos? Fechar o Supremo, o Congresso, as Assembleias, as Câmaras Municipais? Nem pensar, chega a ser ingenuidade, o país pararia, a economia iria direto para o brejo. O que hoje chamamos de grave crise passara a ser apenas um aperitivo.
Justamente por isso, é preferível direcionar esforços para debater os principais problemas nacionais, não somente visando a encontrar soluções de uma forma institucional, mas também para evitar que o governo faça idiotices.
De início, precisamos partir da premissa de que muita coisa já mudou para melhor. Afinal, pela primeira vez na História, temos políticos e milionários na cadeia, em meio a importantíssimas investigações em andamento, a fila está andando e não há dúvida de que se trata de um avanço concreto e inquestionável.
Justamente por isso, é preferível direcionar esforços para debater os principais problemas nacionais, não somente visando a encontrar soluções de uma forma institucional, mas também para evitar que o governo faça idiotices.
De início, precisamos partir da premissa de que muita coisa já mudou para melhor. Afinal, pela primeira vez na História, temos políticos e milionários na cadeia, em meio a importantíssimas investigações em andamento, a fila está andando e não há dúvida de que se trata de um avanço concreto e inquestionável.
Devemos acreditar nos jovens magistrados, procuradores, delegados e auditores que estão passando este país a limpo, para compensar o fracasso da geração anterior. Além disso, como não há passe de mágica civil ou militar, devemos acreditar também na chamada “mão invisível do mercado”, identificada pelo genial filósofo escocês Adam Smith (1723+1790), uma espécie de pai da Ciência Econômica, criador de teses que até hoje se sustentam e influenciaram sobre todos os pensadores que surgiram depois dele, inclusive Karl Marx e Friedrich Engels.
Em sua obra clássica “Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”, de 1776, mais conhecida como “A Riqueza das Nações”, composta por cinco volumes, Adam Smith expôs essa teoria da “mão invisível do mercado”, que até hoje é a base do liberalismo, mas fez também primorosas restrições aos males do livre mercado.
Em pleno o século XVIII, celebrizado como “século das Luzes”, Adam Smith denunciou os perigos da formação de monopólios e cartéis, ou seja, a concentração de faixas do mercado nas mãos de poucos produtores, e apontou essa situação com um dos riscos ao funcionamento da economia de mercado.
Nunca houve nada de tão verdadeiro. Como costuma dizer o engenheiro Félix Bulhões, que durante longo período presidiu a multinacional White Martins, “pior do que um monopólio estatal, só um monopólio privado”.
Até hoje continua valendo essa impactante lição da Adam Smith. Em tradução simultânea, significa que o Estado precisa ter “uma mão visível”, sempre pronta a intervir contra a instalação de qualquer cartel ou monopólio privado, simples assim.
Em sua obra clássica “Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações”, de 1776, mais conhecida como “A Riqueza das Nações”, composta por cinco volumes, Adam Smith expôs essa teoria da “mão invisível do mercado”, que até hoje é a base do liberalismo, mas fez também primorosas restrições aos males do livre mercado.
Em pleno o século XVIII, celebrizado como “século das Luzes”, Adam Smith denunciou os perigos da formação de monopólios e cartéis, ou seja, a concentração de faixas do mercado nas mãos de poucos produtores, e apontou essa situação com um dos riscos ao funcionamento da economia de mercado.
Nunca houve nada de tão verdadeiro. Como costuma dizer o engenheiro Félix Bulhões, que durante longo período presidiu a multinacional White Martins, “pior do que um monopólio estatal, só um monopólio privado”.
Até hoje continua valendo essa impactante lição da Adam Smith. Em tradução simultânea, significa que o Estado precisa ter “uma mão visível”, sempre pronta a intervir contra a instalação de qualquer cartel ou monopólio privado, simples assim.
Adam Smith enxergou longe. Sempre que surgem distorções à plena liberdade de mercado, a “mão invisível” não consegue depurar o sistema. Foi por dar seguimento às ideias de Adam Smith que os professores universitários Eric Maskin (Princeton), Leonid Hurwicz (Minnesota) e Roger Myerson (Chicago) ganharam o Nobel de Economia em 2007 com sua teoria sobre o funcionamento ineficaz dos mercados.
“A clássica metáfora de Adam Smith sobre a ‘mão invisível’ refere-se a como o mercado, sob condições ideais, garante uma alocação eficiente de recursos escassos. Mas, na prática, as condições normalmente não são ideais. Por exemplo, a competição não é completamente livre, os consumidores não são perfeitamente informados e a produção e o consumo desejáveis podem gerar custos e efeitos sociais“, assinalou a Academia Real das Ciências da Suécia, ao justificar a outorga do Nobel de 2007.
Ao receber o Nobel, o professor norte-americano Eric Maskin alertou que “as sociedades não devem contar com as forças do mercado para proteger o ambiente ou fornecer um sistema de saúde de qualidade para todos os cidadãos”, acrescentando que “os mercados trabalham aceitavelmente com bens chamados por economistas de bens privados” (como produzir carros e outros objetos duráveis), mas “o mercado não funciona muito bem quando se trata de bens públicos” (prestar serviços públicos).
Antes disso e também seguindo a linha de Adam Smith, os economistas norte-americanos Joseph Eugene Stiglitz, A. Michael Spence e George A. Akerlof tinham recebido o Nobel de 2001 justamente por estudarem a “assimetria de informações” (o fato de alguns saberem mais do que outros), que deturpa a “mão invisível do mercado”.
“As teorias que eu e outros desenvolvemos apenas explicaram porque os mercados livres frequentemente não só não conduzem à justiça social, mas sequer produzem resultados eficientes. É interessante notar que não tenha havido um debate intelectual à refutação da mão invisível de Adam Smith: indivíduos e empresas, na busca de seu auto-interesse, não são necessariamente, ou em geral, conduzidos por uma mão invisível rumo à eficiência econômica“, disse Stiglitz, um dos mais renomados economistas do mundo, professor das mais importantes universidades dos EUA.
Tudo isso deve servir de alerta aos defensores do neoliberalismo, que insistem em achar que o mercado pode resolver tudo. Pelo contrário, essa esdrúxula tese jamais foi defendida por nenhum economista de respeito, conforme o grande pensador Adam Smith, pai do liberalismo, deixou bem claro três séculos atrás.
Ressalve-se que, da mesma forma que o capitalismo não pode resolver tudo, o socialismo e o comunismo ainda apresentam muitas imperfeições. O melhor caminho, portanto, está em aceitar os pontos mais positivos de cada ideologia, para que convivam de forma harmônica, em benefício de todos.
É por essas e outras que todos nós precisamos agora repensar o Brasil, sem delegar essa função aos militares, que devem ser preservados para o desempenho de suas funções específicas, como a manutenção da ordem pública.
“A clássica metáfora de Adam Smith sobre a ‘mão invisível’ refere-se a como o mercado, sob condições ideais, garante uma alocação eficiente de recursos escassos. Mas, na prática, as condições normalmente não são ideais. Por exemplo, a competição não é completamente livre, os consumidores não são perfeitamente informados e a produção e o consumo desejáveis podem gerar custos e efeitos sociais“, assinalou a Academia Real das Ciências da Suécia, ao justificar a outorga do Nobel de 2007.
Ao receber o Nobel, o professor norte-americano Eric Maskin alertou que “as sociedades não devem contar com as forças do mercado para proteger o ambiente ou fornecer um sistema de saúde de qualidade para todos os cidadãos”, acrescentando que “os mercados trabalham aceitavelmente com bens chamados por economistas de bens privados” (como produzir carros e outros objetos duráveis), mas “o mercado não funciona muito bem quando se trata de bens públicos” (prestar serviços públicos).
Antes disso e também seguindo a linha de Adam Smith, os economistas norte-americanos Joseph Eugene Stiglitz, A. Michael Spence e George A. Akerlof tinham recebido o Nobel de 2001 justamente por estudarem a “assimetria de informações” (o fato de alguns saberem mais do que outros), que deturpa a “mão invisível do mercado”.
“As teorias que eu e outros desenvolvemos apenas explicaram porque os mercados livres frequentemente não só não conduzem à justiça social, mas sequer produzem resultados eficientes. É interessante notar que não tenha havido um debate intelectual à refutação da mão invisível de Adam Smith: indivíduos e empresas, na busca de seu auto-interesse, não são necessariamente, ou em geral, conduzidos por uma mão invisível rumo à eficiência econômica“, disse Stiglitz, um dos mais renomados economistas do mundo, professor das mais importantes universidades dos EUA.
Tudo isso deve servir de alerta aos defensores do neoliberalismo, que insistem em achar que o mercado pode resolver tudo. Pelo contrário, essa esdrúxula tese jamais foi defendida por nenhum economista de respeito, conforme o grande pensador Adam Smith, pai do liberalismo, deixou bem claro três séculos atrás.
Ressalve-se que, da mesma forma que o capitalismo não pode resolver tudo, o socialismo e o comunismo ainda apresentam muitas imperfeições. O melhor caminho, portanto, está em aceitar os pontos mais positivos de cada ideologia, para que convivam de forma harmônica, em benefício de todos.
É por essas e outras que todos nós precisamos agora repensar o Brasil, sem delegar essa função aos militares, que devem ser preservados para o desempenho de suas funções específicas, como a manutenção da ordem pública.
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