São fatos públicos e notórios: Lula, Dilma e sua trupe corromperam, foram corrompidos, falsearam, roubaram os cofres públicos para si e para suas quadrilhas, e sabe-se lá o que mais. O mais doído de tudo isto é que dos atos deles decorreram o desalento, a miséria e a morte de milhões de brasileiros.
Com iguais consequências, Temer e uma gente da mesma categoria daqueles, corromperam, foram corrompidos, falsearam, roubaram para si e para suas quadrilhas, e sabe-se lá o que mais.
A desgraça foi tanta, tanto o descalabro e o prejuízo para o País que, pela primeira vez em quinhentos anos de Brasil, nosso Judiciário se dignou a dar uma resposta para a sociedade estarrecida, julgando os poderosos chefões das quadrilhas – os “capos di tutti capi” – que envergonharam a Nação perante o mundo civilizado. Deu-se, então, o início do julgamento do processo de cassação da “Chapa Dilma-Temer”, no Tribunal Superior Eleitoral – TSE.
Pois bom. Quando finalmente surgiu a esperança de que se faria Justiça, ainda que muito tardia, quando se pensou que o homem comum seria, desta feita, honrado e prestigiado em face da execração dos vendilhões da Pátria, se apresenta um triste e deplorável espetáculo, protagonizado pelos nominados eminentes julgadores, os quais em verdade – é preciso que se diga com coragem e independência - não são deuses ou entidades superiores são simples funcionários públicos, que ali estão para servir o povo que sustenta, regiamente, suas empáfias e vaidades.
Desde o início, o desenrolar do julgamento deixa transparecer que o cidadão de bem terá uma grande decepção. De um lado têm-se uns magistrados desfiando um rosário de filigranas e obviedades num “juridiquês” insuportável e ininteligível para a maioria dos patrões daqueles luminares – o povo – e de outro o pior ainda, um grupo de julgadores prontos e unidos para tripudiar sobre a esperança do Brasil, tentando desqualificar, distorcer e desfazer tudo, numa luta perversa e velada contra a condenação dos facínoras em julgamento. Há dias que discutem se provas da prática de crimes (eu digo provas), no processo, de conhecimento geral, devem ou não serem consideradas. “Miserere...!”
Tivessem aqueles acusados sendo julgados no Tribunal do Povo – a Corte dos Bons e dos Justos – ante o sem número de fatos, provas e evidências que se colacionou no caso, há muito que estavam condenados a passar o resto de suas vidas miseráveis na cadeia.
Inobstante o julgamento avança e depois de terminado, seja qual for o resultado, a prestação da justiça não será entregue de plano, porque incontáveis recursos darão a sobrevida que os poderosos pretendem. Caso daquela decisão do TSE ocorra alguma “dança das cadeiras”, no geral tudo e todos em Brasília permanecerão em seus lugares.
Contudo, há um absurdo maior e, simbolicamente, mais grave. Já ficou transparente que aquilo que for proclamado no julgamento é assim o máximo que a Corte fará pelo cidadão. A maioria do Plenário do TSE, do alto de sua abominável soberba ou pedante arrogância, que exibem uma reputação e talento que não lhes é reconhecido pelo povão, diz que vai debater a matéria dos autos academicamente, mas em nome de uma estabilidade política e econômica quer deixar tudo como está, ou seja, pelo menos aqui os crimes serão perdoados.
Disse o Ministro Gilmar Mendes, tentando desestabilizar o Juiz Relator do caso, cuja tendência é a de punir os acusados – Min. Herman Benjamin – que tudo isso que estava acontecendo ocorria por obra e magnânima graça dele Gilmar, mandando às favas qualquer nódoa de modéstia, em cadeia nacional.
Imagino que ante tal petulância queira o Ministro dizer a seus pares e a nós míseros mortais em especial, que o resultado do julgamento deve acatar seu entendimento já revelado aos quatro cantos desta “Terra Brasilis”, no sentido de que deu prosseguimento a tal demanda porque assim quis no passado, “mas não era para cassar ninguém, como na ditadura”.
Releve o leitor a justa ira. Às favas vá o servidor público Gilmar Mendes. Às urtigas vão todos os “Mandarins do Judiciário” com suas afrontosas capas pretas e seu séquitos de serviçais públicos que lhes afastam as cadeiras ao sentar, principalmente porque não devolveram ao povo seus privilegiados cargos, quando tornou-se público que os donos de suas nomeações eram bandidos delatados na “Lava Jato”. As favas vão todos os Príncipes dos três poderes. Às favas vá a classe política abjeta e desprezível. Às urtigas vão juntos aqueles que transformaram esta República no lixo que é hoje.
Respeitem o clamor deste povo sofrido. Não mandem o País às favas. Chega dessa gente responsável por tanta humilhação e desonra. Não há porque esperar mais. P’ra cima deles Brasil!
José Maurício de Barcellos
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