sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Os três patetas

Em minha vida profissional de cirurgião e oncologista lido diariamente com o sofrimento humano.

Assistir a comédias é uma forma que encontro para relaxar.

Os Três Patetas são o meu grupo preferido.

O riso fácil de suas comédias-pastelão, frequentemente abordando disputas entre o bem e o mal, entre mocinhos e bandidos, é uma oportunidade para relaxar e sempre assistir a um final feliz.


clayton

Começaram em 1922, quando a os irmãos Moe e Shemp se juntaram ao comediante e violinista Larry Fine na primeira formação de sucesso do grupo. Nesses caricatos personagens são marcantes seus cabelos, entre revoltos, carecas disfarçadas ou um penteado que não movimenta um fio sequer; isso se repete nas oito trincas diferentes até 1975, assim como os laços familiares entre eles, sempre primos.

De 1930 a 1970, participaram de 27 filmes e 165 episódios de tevê, resolvendo os conflitos entre si com tapas, empurrões, quedas e dedos nos olhos, sempre de forma jocosa, nitidamente falsa, e caricaturando dilemas sociais.

Recentemente, assisti a dois filmes deles no Youtube.

Em “Os três patetas no tribunal”, em tradução livre, a trinca atua como testemunha no julgamento de um assassinato e faz o juiz e os jurados ficarem na dependência de achar um bilhete, com o nome do verdadeiro assassino, denunciado por um papagaio de penagem verde e amarela. O papagaio, o advogado de defesa e o promotor sofrem o comportamento irreverente dessas testemunhas. No final, uma fogosa bailarina, erroneamente acusada pelo assassinato, é inocentada pela confissão de um bandido arrependido.

No outro filme, “O golpe”, os patetas, no papel de alfaiates, lidam com bandidos perigosos. Ao encontrarem a senha de um cofre secreto no paletó deixado pelo criminoso para conserto, eles se envolvem numa trama sugestiva de atividade mafiosa. Como frequentemente ocorre em filmes de gângsteres, há a figura da amante do criminoso principal, que busca sempre alguma vantagem extra, pois sabe que sempre pode ser trocada por outra. A batalha final, na alfaiataria, à qual não faltam ferros de passar roupa, jatos de vapor e dedos nos olhos, o bem vence o mal. Algemados, os bandidos são levados por apenas um agente de segurança.

Saudades desses Três Patetas.

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